Corpo da 11ª vítima da queda de ponte entre Tocantins e Maranhão é encontrado


A vítima foi localizada na cabine de um caminhão. Cinco pessoas continuam desaparecidas. Corpo da 11ª vítima da queda de ponte entre Tocantins e Maranhão é encontrado
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As equipes de resgate conseguiram encontrar o corpo da 11ª vítima da queda da ponte entre Tocantins e Maranhão. Cinco pessoas continuam desaparecidas.
Velas acesas e uma oração silenciosa. A professora Terezinha viajou cerca de 80 quilômetros só para prestar homenagem às vítimas.
“É muita comoção, muita dor, muita sentimento, né? Porque é uma tragédia que foi muito forte”, afirma Terezinha Cinha dos Santos, professora aposentada.
Durante todo o dia, o trabalho da equipe de resgate foi para retirar do fundo do rio o carro localizado no domingo. No veículo, viajava a família de Jairo Rodrigues, de 36 anos. Ele é o único sobrevivente dessa tragédia.
O automóvel estava a 44 metros de profundidade, o que exigiu uma operação especial. Outra vítima foi localizada na cabine de um caminhão. O corpo ainda não foi resgatado.
Assim, sobe para 11 o número de mortes confirmadas: nove corpos foram resgatados, e seis pessoas continuam desaparecidas. Parte do corredor rodoviário Belém-Brasília, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira integra uma rota importante do transporte de mercadorias entre o Norte e Nordeste do país.
“Esse fluxo de transporte ajudava a alimentar a economia de cidades como Estreito. Sem a ponte, vários setores da economia já sentem os impactos, principalmente os de comércio e serviços às margens da rodovia.”
Nos postos de combustíveis, bombas paradas, e a queda no abastecimento já chega a mais de 60%.
“A gente depende muito do movimento da BR, do turismo, dos caminhões. E a gente teve um impacto bem grande”, diz Roniel Silva, operador de caixa do posto.
O que seu Claudemir teme bateu mais cedo à porta de Elir, que é dono de restaurante. Ele já dispensou dois funcionários. E acendeu o alerta para Magna.
“Perder o serviço, né? Aí nossa preocupação é essa, o movimento caiu, diminuiu muito, muito. Uma hora dessa aqui era lotado. O movimento caiu demais”, pontua Magna de Sousa, operadora de caixa.
“Após o colapso da ponte impactou diretamente na gente. Várias pessoas já foram demitidas, a economia do município totalmente colapsada”, conta Elir Correia, dono de restaurante.
Por enquanto, não há previsão de quando a ponte será recuperada.
O governo do Tocantins informou que, nesta terça-feira (30), uma balsa vai começar a operar no trecho próximo onde a ponte desabou.
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