‘Macetando’ no vestibular, IA e cabeças congeladas: relembre destaques de ciência e educação na região de Campinas


Ano foi marcado por avanços tecnológicos, debates educacionais e curiosidades, além do projeto ‘Vestibulou’, com cobertura completa de exames e correções comentadas. Relembre. O ano de 2024 foi marcado por avanços tecnológicos, mudanças no vestibular da Unicamp e histórias marcantes que ganharam destaque na região de Campinas (SP). No g1, as reportagens em destaque vão de um método inovador de exame de sangue a debates sobre bullying nas escolas.
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O projeto multiplataforma “Vestibulou” também teve destaque com as coberturas dos principais vestibulares do país, incluindo aulões ao vivo e correções das provas comentadas por professores.
⚗️ Abaixo, relembre as 10 reportagens mais acessadas sobre educação e ciência em 2024:
1. Por que médicos estão passando por aula de cozinha na Unicamp? Entenda a medicina culinária
Medicina culinária: médicos e alunos da Unicamp aprendem técnicas de preparo de alimentos
Em 2024, a Unicamp inovou ao introduzir aulas de culinária na formação de médicos, destacando o impacto da alimentação na saúde. A iniciativa, conhecida como medicina culinária, ensina profissionais a preparar pratos saudáveis e a orientar pacientes sobre hábitos alimentares mais adequados.
🍎 As aulas fazem parte do “Projeto MeNu – Medicina Culinária e Nutrição na Atenção Primária à Saúde”. Estudantes e médicos colocam a mão na massa, em uma cozinha da faculdade, para aprender sobre o autocuidado através da culinária.
O objetivo da medicina culinária é fazer com que os profissionais de saúde tenham mais facilidade em reconhecer a realidade dos pacientes. O curso une teoria e prática, abordando desde nutrição preventiva até o tratamento de doenças crônicas.
Médicos da Unicamp falam da medicina culinária
Frame de vídeo/Globo Repórter
2. Unicamp 2025: confira gabarito extraoficial e correção comentada da 1ª fase do vestibular
1ª fase do vestibular da Unicamp 2025
Antonio Trivelin/g1
A primeira fase do vestibular Unicamp 2025 foi um dos grandes marcos do ano. Além de apresentar mudanças significativas, como a aplicação em horário inédito pela manhã, a prova trouxe temas que equilibraram atualidade e interdisciplinaridade.
O g1 disponibilizou o gabarito extraoficial e as correções comentadas por professores do cursinho Oficina do Estudante, em Campinas, através do projeto Vestibulou. Foram destacados a contextualização das questões e o alto nível de exigência.
3. Método criado na Unicamp faz exame de sangue em 5 segundos usando smartphone e inteligência artificial
Hemograma digital: método criado na Unicamp faz exame de sangue usando smartphone
🩸 Uma pesquisa de doutorado realizada na Unicamp desenvolveu uma metodologia que usa inteligência artificial para facilitar a realização de exames de sangue em áreas remotas, além de reduzir os custos com a compra de equipamentos laboratoriais em municípios de baixa arrecadação.
O hemograma digital, criado pela biomédica Ana Carolina Borges Monteiro, permite a análise de hemácias, plaquetas e leucócitos, células sanguíneas que possibilitam avaliar a saúde, em apenas cinco segundos com um aparato simples. No lugar de um aparelho que chega a R$ 50 mil, basta usar smartphone, microscópio e computador.
4. De livro com 800 anos e pele de bezerro a um dos primeiros mapas do Brasil: os ‘tesouros’ da biblioteca de 100 mil obras raras na Unicamp
De livro com 800 anos a edições raras autografadas, conheça Biblioteca de Obras Raras
A biblioteca de obras raras da Unicamp chamou atenção em 2024 ao revelar parte de seu acervo de 100 mil exemplares históricos. Entre os destaques, está um livro de 800 anos, em pele de bezerro, e um dos primeiros mapas do Brasil, que testemunha o início da cartografia no país.
O livro mais antigo da biblioteca é um volume medieval litúrgico, denominado como antifonário por reunir músicas e coros. Produzido no século 13, foi manuscrito em couro de bezerro e com detalhes em metal.
Biblioteca de Obras Raras da Unicamp (Bora) reúne livro com 800 anos e autógrafos de Oswald de Andrade
Marcelo Gaudio
5. Unicamp 2025: questões sobre a música ‘Macetando’ e novo horário rendem memes
Meme sobre a questão sobre a música “Macetando” no vestibular da Unicamp
Reprodução/ X
Questões abordadas pela Unicamp na 1ª fase do vestibular 2025 viraram memes nas redes sociais. Estudantes publicaram posts no X (ex-Twitter) para fazer piadas, por exemplo, com a pergunta que teve como tema o hit “Macetando”, da cantora Ivete Sangalo.
A questão de português que cita a música foi uma das mais lembradas por estudantes que deixaram a prova em. Ela abordava o duplo sentido da palavra no refrão. A questão, de número 39 nas provas Q e Z, pode ser conferida abaixo:
Unicamp 2025: música hit do carnaval 2024, “Macetando”, de Ivete Sangalo, caiu em questão da 1ª fase neste
Reprodução/Comvest
6. Líderes natos, debochados e arrogantes: quem são as crianças e adolescentes que praticam bullying na escola
Saiba como identificar sinais de que crianças e adolescentes estão sofrendo bullying
Líderes natos, debochados, arrogantes… Crianças e adolescentes que praticam bullying na escola têm traços de personalidade em comum que podem ser identificados por pais ou tutores legais dentro da própria casa, segundo especialistas.
Em entrevista ao g1, a pedagoga e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem) da Unicamp/Unesp, Luciene Tognetta, aponta os principais comportamentos que acendem o “sinal de alerta” e destaca a importância do diálogo na resolução de conflitos.
“[Os sinais] podem aparecer em qualquer idade, mas aparecem mais fortemente perto da adolescência, porque é quando o adolescente, do ponto de vista do desenvolvimento, tem uma conduta natural de precisar se identificar num grupo social. Faz parte da identidade do ser humano passar pela necessidade de pertencimento a um grupo social. Na adolescência, isso é algo bastante evidente”, afirmou.
7. ‘Macetando’, enchentes no RS, guerras e geração Z: veja o que caiu na 1ª fase da Unicamp 2025
Unicamp 2025: coordenadora da Comvest comenta questão que referencia música ‘Macetando’
A primeira fase do vestibular 2025 da Unicamp abordou as enchentes no Rio Grande do Sul, o uso de gírias pela geração Z até a música “Macetando”, hit do carnaval 2024. Onda de calor e guerras atuais, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Palestina, também foram tratados na prova.
Além disso, candidatos destacaram a presença de temas sociais, em uma prova “bem interpretativa”. A prova também trouxe temas como:
Sustentabilidade na biodigestão de vinhaça do etanol;
Cálculo sobre oxigênio e gás carbônico num submarino nuclear;
Covid-19 e o acúmulo de muco nas vias aéreas;
Dengue, zika e chikungunya;
Grafite e feminismo;
Usos de celulares “apenas para falar” (duplo sentido do telefone portátil);
Texto sobre o mito da caverna de Platão;
Cidadania e direito das mulheres;
Memória da ditadura e direitos humanos na Argentina
Análise da obra “3 de maio de 1808”, de Francisco Goya
Nota do Brasil no PISA na prova de matemática;
Eugenia no início do século XX.
Segundo dia da segunda fase do vestibular da Unicamp
Pedro Amatuzzi/g1
8. Física na prática? Professor viraliza ao fazer experimento de corrente elétrica em que alunos tomam choque de mãos dadas
Vídeo: professor viraliza ao fazer experimento em que alunos tomam choque de mãos dadas
Estudar alguns temas na escola pode ser bastante cansativo e até chato, mas, e se fosse possível observar algumas manifestações da física na prática? Foi isso que um professor de cursinho de Campinas (SP) mostrou com um espremedor de frutas e os alunos com as mãos dadas.
🫨 A experiência sobre corrente elétrica foi gravada por um dos alunos e, após ser postada no TikTok, ganhou repercussão com 1 milhão de visualizações, 140 mil curtidas e diversos comentários em menos de 24 horas. “Isso sim é aula de física na prática!”, diz um deles.
🚨 Atenção: a atividade não deve ser reproduzida, em nenhuma hipótese, dentro de casa ou sem a orientação de especialistas.
9. Faculdade importa cabeças congeladas dos EUA para aulas de harmonização facial; entenda
Imagem de modelo viva representando procedimento visando harmonização facial
Freepik
A harmonização facial é um procedimento estético que envolve uma série de aplicações e técnicas que promete deixar o rosto do paciente mais proporcional. Para aprender tais processos são feitas aulas práticas em cadáveres preservados em formol, mas uma faculdade com unidade em Campinas (SP) tem importado cabeças humanas congeladas dos Estados Unidos para uso no ensino.
A legislação do Brasil permite a doação de corpos com objetivos científicos ou altruísticos, mas são poucas as pessoas que fazem essa doação. Assim, algumas unidades de ensino começaram a importar cadáveres, mediante autorização do governo.
No Brasil, apenas duas instituições utilizam cadáveres que passam pela técnica de conservação por congelamento chamada “fresh frozen”, e uma delas possui unidade em Campinas.
“Nós utilizamos a técnicas de harmonização facial no cadáver para que o aluno tenha a segurança na hora de aplicar em um paciente”, explicou a cirurgiã-dentista e professora na Faculdade CTA, Erika Bueno Camargo.
10. Sereias, dragões e fim do mundo: pesquisa da Unicamp investiga o real e o fantástico em mapas medievais
Sereias, dragões e fim do mundo; pesquisa investiga real e fantástico em mapas medievais
🌎 Há 700 anos, os mapas não tinham apenas a função de representar locais com precisão. Mais do que isso, eles também mostravam visões de um mundo onde criaturas fantásticas, como monstros e sereias, indicavam o fim do território conhecido.
O estudo desses documentos foi tema de uma tese de doutorado que ganhou o prêmio destaque de 2023 e 2024 da Unicamp. Para saber mais sobre esses mapas, o g1 conversou com a autora da tese, a geógrafa Deyse Cristina Brito Fabrício.
Durante o doutorado, ela estudou as diferentes representações do mundo feitas entre os séculos XIII e XVI. “A concepção de que depois do fim do mundo teria o abismo e mais nada não existia na Idade Média. [Os mapas mostram] o fim do mundo que os europeus conheciam. Esse fim do mundo se alargava e os monstros eram sempre relegados para as bordas”, conta.
Atlas Catalão – Abraham Cresques (1375)
Coleção: Bibliothèque nationale de France
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*Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos.
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