Quinze PMs são condenados por integrar rede criminosa acusada de tráfico de drogas, extorsões e outros crimes no CE


Agentes se aliavam a traficantes que indicavam aos policiais os alvos dos crimes. 15 policiais militares são condenados por integrar rede criminosa acusada de tráficos de drogas, extorsões e outros crimes no Ceará.
PMCE/ Divulgação
Quinze policiais militares foram condenados por integrar uma rede criminosa acusada de tráfico de drogas, extorsões, comércio ilegal de armas de fogo, entre outros crimes no Ceará. A informação foi divulgada pelo Ministério Público nesta quinta-feira (19).
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Os militares condenados irão responder pelos crimes de:
associação ao tráfico
comércio ilegal de arma de fogo
corrupção ativa
corrupção passiva
extorsão
integrar organização criminosa
peculato
receptação
roubo e
tráfico, posse ou uso de entorpecente.
Conforme as investigações do órgão ministerial, os agentes se aliavam a narcotraficantes que trabalhavam como informantes, identificando indivíduos envolvidos em ações criminosas. Dessa forma, os policiais buscavam flagrar essas pessoas cometendo os atos ilícitos para, com isso, conseguir vantagens, como dinheiro, bens e entorpecentes.
Um dos grupos funcionava com a chefia do policial militar Jeovane Moreira Araújo, que se aproveitava da estrutura da Polícia e cometia crimes em plena luz do dia e durante os turnos de trabalho. Em agosto deste ano, ele foi condenado a 124 anos de prisão e multa.
Já o outro grupo, com funcionamento similar, era chefiado pelo policial Paulo Rogério Bezerra do Nascimento, setenciado a mais de 60 anos de prisão.
Investigação
A investigação, realizada pelo órgão ministerial, que mirava em facções criminosas, revelou a rede formada por policiais por meio de interceptações telefônicas e de outras provas coletadas pela Inteligência da Polícia Civil e nas diversas fases das operações Gênesis e Saratoga, deflagradas pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP do Ceará.
De acordo com os levantamentos, o grupo criminosos formado por PMs atuou entre os anos de 2016 e 2017, em Fortaleza e na Região Metropolitana.
As provas coletadas foram incluídas em quatro processos conduzidos pela Promotoria de Justiça Militar.
Ao todo, o MPCE denunciou 22 agentes e conseguiu a condenação de 15 deles. Outros 5 foram absolvidos, um faleceu durante o processo e outro chegou a ser denunciado por comércio ilegal de armas de fogo, mas a Vara declinou a competência para julgar o caso.
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