Ex-funcionário da Defensoria Pública do AP invade site e muda nome de processos para nomes dos filhos de Bolsonaro e Lula 


Homem também usou e-mail da instituição para criar uma conta num site de conteúdo adulto. Ataques aconteceram entre o ano passado e este, após ele ser exonerado do órgão.  Defensoria Pública do Amapá, na área central da capital
Reprodução
Um ex-funcionário da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) hackeou o site da instituição e apagou as informações dos assistidos que estavam no banco de dados. Durante a ação, ele alterou também as identificações dos processos para os nomes dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente Lula. 
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Segundo a Polícia Civil do Amapá, os ataques aconteceram entre 2023 e 2024, após a exoneração do homem de 35 anos do cargo profissional de Tecnologia da Informação. Além da mudança nos dados, o acusado usou o e-mail da instituição para criar uma conta num site de conteúdo adulto. 
O ex-servidor foi indiciado nesta terça-feira (18) por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (CCIBER). 
Invasões cibernéticas
Entre as ações realizadas, a polícia destaca o “sequestro” dos acessos do defensor público-geral e de outros defensores e defensoras. 
De acordo com a polícia, com a invasão, o homem excluiu dados de pessoas atendidas pela defensoria e ‘derrubou’ o sistema do órgão por algum tempo. Ao todo, foram quatro ataques, em um deles o acusado trocou os endereços, telefone e colocou os nomes de Eduardo Bolsonaro e do filho do presidente Lula.
Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi a criação de uma conta no site ‘Xvideos’. Segundo a polícia, o homem hackeou o e-mail da instituição, usou o código de confirmação mandado pelo site de conteúdo adulto e criou o login na plataforma. 
Sobre as investigações 
A polícia informou que durante a investigação, foram coletadas diversas evidências que apontaram para a autoria dos ataques. A análise dos dados técnicos, combinada com depoimentos colhidos, levou a polícia a identificar o homem. 
O Delegado Nícolas Bastos, responsável pelo caso, destaca que o trabalho foi uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Defensoria. 
“A investigação exigiu um esforço conjunto e o uso de técnicas avançadas de investigação, o que nos permitiu identificar e reunir provas substanciais contra o suspeito. Foi um esforço conjunto entre os técnicos em TI da Defensoria e da DR-CCIBER, demonstrando uma colaboração eficaz na resolução do caso. As provas coletadas serão encaminhadas ao Poder Judiciário para as providências legais”, disse o delegado. 
A Defensoria Pública é uma instituição pública que presta assistência jurídica gratuita a pessoas que não têm condições de pagar por um advogado. No Amapá, a sede do órgão fica localizado na área central da capital.   
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