Rio de Paz faz ato na Praia de Copacabana por crianças e jovens mortos pela violência no RJ

Fotos das vítimas, a maioria morta por bala perdida, foram espalhadas nesta quarta-feira (18) na Praia de Copacabana. A ONG Rio de Paz faz um ato, na manhã desta quarta-feira (18), na Praia de Copacabana, contra o assassinato de crianças e adolescentes, a maioria morta por balas perdidas, no Rio. Uma faixa estendida pela organização cobra governos federal e estadual de como será Natal das famílias das vítimas.
A faixa foi estendida próxima às fotos das vítimas mortas em operações policiais ou em troca de tiros entre criminosos espalhadas na areia. Há casos também de execução, algumas envolvendo agentes do estado.
Uma árvore de Natal com bolas com cruzes foi colocada entre as imagens. As fotos são de vítimas que morreram entre 2020 e 2024.
O ato tem como objetivo cobrar dos governos federal e estadual projetos de segurança pública, além de questionar as metas para a redução de homicídios.
A ONG ressalta que é preciso criar ações de combate ao tráfico de armas e munição no Rio de Janeiro.
O Rio de Paz acompanha desde 2007 o assassinato de crianças e adolescentes no Rio. Em quase duas décadas, já são 115 casos.
Na Lagoa Rodrigo de Freitas, a ONG mantém um mural em memória das crianças mortas por balas perdidas.
48 vítimas entre 2020 e 2024
Segundo a ONG, entre 2020 e 2024, foram 48 vítimas, com idades entre 7 meses a 14 anos que morreram baleadas. Desse total, 37 foram mortas por balas perdidas e os outros casos foram execuções em várias circunstâncias. As famílias das vítimas foram convidadas a participar do ato.
Quase 50 crianças foram mortas por bala perdida entre 2020 e 2024 no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a Rio de Paz.
“Qual nação livre e desenvolvida conseguiria conviver com uma estatística como essa? Estamos perante um escândalo, fruto da insistência em políticas de segurança pública catastróficas, caracterizadas pela tentativa de fazer sempre as mesmas coisas na expectativa irracional de colher resultados diferentes”, afirma o fundador da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
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