TJ-SP aumenta condenação de PM que tentou matar deputada estadual e ex-repórter


Em setembro de 2022, Gustavo de Souza Militão Pavlik foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão. Novo julgamento aconteceu nesta quinta-feira (22). Condenado por participar do atentado contra deputada estadual terá pena aumentada
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aumentou, de cinco para 11 anos, a pena do ex-policial militar Gustavo de Souza Militão Pavlik, condenado pelo envolvimento na tentativa de homicídio da deputada estadual e ex-repórter Solange Freitas (União Brasil) , em novembro de 2020. À época, a vítima concorria à Prefeitura de São Vicente (SP).
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O crime aconteceu em novembro de 2020. Solange estava em um carro blindado com na companhia de outras quatro pessoas, o veículo levou cinco disparos, mas ninguém se feriu. (confira mais abaixo)
Pavlik havia sido condenado a 5 anos e 10 meses de prisão, em julgamento realizado em setembro de 2022. O Ministério Público e o assistente de acusação recorreram ao TJ-SP para aumentar a pena do réu.
O novo julgamento foi realizado na última quinta-feira (22), quando o TJ-SP negou o pedido da defesa e aumentou a pena de Pavilik para 11 anos e 8 meses de reclusão. Na ocasião, o órgão ainda oficiou a Polícia Militar a fim obter informações sobre a atual situação prisional do réu.
Carro da candidata à Prefeitura de São Vicente, Solange Freitas (PSDB), é alvo de balas
G1 Santos
Segundo a decisão, uma portaria expedida pela PM teria concedido ao réu a progressão do regime à modalidade aberta e o retorno ao serviço ativo. De acordo com a sentença, em primeiro grau, a decisão fixada foi do regime fechado.
Segundo o TJ-SP, a provisoriedade da sentença de primeiro grau é fato inquestionável e deve ser cumprida até que nova decisão superior a altere, o que não ocorreu.
O g1 entrou em contato com a Polícia Militar, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Condenado
O Polícia Militar Rodoviário Gustavo Pavlik irá a júri popular em setembro deste ano por participar do atentado contra a jornalista Solange Freitas.
g1 Santos/ Reprodução TV Tribuna
Pavlik teve a prisão temporária decretada pela Justiça uma semana após o crime. Ele foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Capital. Em setembro de 2022, o policial foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão.
No último dia 6 de novembro, Pavilik foi expulso da PM de São Paulo pelo cometimento de atos atentatórios à Instituição, ao estado, aos direitos humanos fundamentais e desonrosos. Em outubro de 2023, o g1 foi informado que o militar havia retornado à corporação.
Segundo o advogado Nilton Vivan Nunes, que representa o condenado em âmbito criminal, Pavilik responderá pelo crime em regime aberto até o final do processo.
Segundo suspeito
As investigações da Polícia Civil apontaram Pavlik como um dos envolvidos no atentado. Por meio dele, os policiais chegaram até outro suspeito, Diego Nascimento Pinto, que teve a prisão preventiva decretada em janeiro de 2022, e foi preso em fevereiro de 2023.
Julgamento de acusado de tentar matar deputada estadual e ex-repórter acontece nesta terça-feira
Divulgação/reprodução
Posteriormente, em outubro de 2023, Diego Nascimento Pinto foi condenado a seis anos, nove meses e vinte dias de prisão por tentativa de homicídio contra a deputada. Ele vai cumprir a pena em regime fechado.
Crime
Solange e outras quatro pessoas passavam pela Avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, por volta das 10h30 do dia 11 de novembro, quando um motociclista se aproximou do veículo e atirou na direção da janela do passageiro. Após disparar, o condutor acelerou a motocicleta e fugiu.
Carro de Solange Freitas, candidata a prefeita de São Vicente, é alvejado por tiros
Um vídeo, obtido com exclusividade pelo produtor da TV Tribuna Luiz Linna, mostra o momento em que a moto se aproxima do carro da candidata e efetua os disparos. Depois, acelera e foge. (assista acima).
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