Seis escolas amanhecem fechadas um dia após megaoperação com 13 presos no Complexo da Penha


Uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas. Uma jovem segue em estado grave. Dois ônibus são incendiados em dia de megaoperação na Penha
Seis escolas municipais amanheceram fechadas na região do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (4), por conta do clima de insegurança devido a megaoperação que foi feita pela Polícia Civil nesta terça (3).
As escolas estaduais e as unidades de saúde funcionam normalmente, de acordo com as pastas responsáveis. A jovem Agatha Alves de Souza continua em estado grave no Hospital Getúlio Vargas.
Ao todo, 13 pessoas foram presas, um suspeito morreu e seis pessoas ficaram feridas. Três ônibus foram incendiados por criminosos.
As chamas atingiram a fiação das ruas, e o combustível vazou para a calçada, onde um carro estava estacionado. De acordo com a RioÔnibus, são 117 ônibus incendiados só este ano.
Operação Torniquete
A operação na Penha foi mais uma fase da Operação Torniquete, que combate o roubo de cargas e de veículos.
Chefes da facção eram procurados — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentavam prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha.
Ônibus são incendiados em dia de operação na Penha
Reprodução/TV Globo
Confronto logo cedo
Segundo moradores, os tiroteios começaram às 5h20. Traficantes atearam fogo a barricadas — até um carro foi incendiado.
A TV Globo apurou que uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi primeiro para o conjunto de favelas. Outros 200 agentes de 18 unidades foram mobilizados a partir da Cidade da Polícia.
“A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota.
“Segundo as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.”
Moradores relataram terem visto pelo menos 5 blindados circulando pelas comunidades e um helicóptero sobrevoando o complexo. Por volta das 6h, policiais fecharam todos os acessos da Rua Uranos, uma das principais da Penha.
Também participavam da ação a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).
Blindados da Polícia Civil no Complexo da Penha
Reprodução/TV Globo
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