Lewandowski nega ‘perseguição’ da PF a Bolsonaro e golpistas do 8 de janeiro: ‘Nenhuma ingerência’


Ricardo Lewandowski em entrevista sobre o Caso Marielle
Ueslei Marcelino/Reuters
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu nesta terça-feira (3) declarações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito de uma suposta “perseguição” e direcionamento de ações da Polícia Federal contra opositores do governo Lula.
Lewandowski classificou “bastante graves” as suposições feitas pelos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmaram que a PF tem investigado e indiciado aliados de Bolsonaro a fim de atingir o ex-presidente.
Em uma das falas dos senadores, ocorridas durante audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado, houve menção a uma suposta interferência de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no funcionamento da Polícia Federal. Os parlamentares não mencionaram explicitamente quem seria o magistrado.
Ricardo Lewandowski rechaçou as declarações e afirmou que a PF é uma instituição “republicana” e de “excelência”. “É uma corporação independente, que não é de governo, é de Estado”, disse o ministro.
PF: eventos em Brasília evidenciaram atuação coordenada para golpe de Estado
Segundo ele, os inquéritos desenvolvidos pela Polícia Federal são baseados em critérios técnicos e sem qualquer “viés político”.
“Um ministro [do STF] não tem nenhuma ingerência. É uma instituição que trabalha de forma totalmente independente. Não tem nenhuma ingerência de ministro do Supremo. E eu, como ministro do Supremo, jamais admitiria qualquer ingerência”, afirmou.
– Esta reportagem está em atualização
Adicionar aos favoritos o Link permanente.