Estudo busca identificar potenciais doenças hereditárias em 8 mil moradores de Ribeirão Preto

Pesquisa nacional também tem objetivo de trazer formas de tratamento e prevenção contra enfermidades. Ao todo, 100 mil voluntários devem participar em todo o país. USP de Ribeirão Preto participa de projeto nacional de sequenciamento genético
Pesquisadores deram início neste ano a um estudo nacional de sequenciamento genético que busca identificar possível doenças hereditárias. A USP de Ribeirão Preto (SP) foi escolhida como um dos pilares do levantamento e irá analisar o material genético de até oito mil moradores da cidade.
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Além de conhecer as variações genéticas presentes na população brasileira e identificar aquelas associadas a diferentes características da saúde, o “Genomas SUS” também tem o objetivo de trazer maneiras de tratamento e prevenção contra as enfermidades.
A meta do projeto é fazer o sequenciamento em 100 mil pessoas nos próximos cinco anos em todo o Brasil.
“O Genoma SUS é um projeto macro no Brasil, em todas as regiões. A gente está vendo, em cada região, se tem mais de uma variante, ou seja, uma letrinha do DNA, se isso implica em um risco para alguma doença mais ou não e como que a gente vai fazer com que isso esteja no SUS, que a gente possa ter essa tecnologia no SUS, melhorando o cuidado da nossa população, que é extremamente miscigenada”, diz o professor da USP Leandro Colli.
Estudo busca identificar possíveis doenças hereditárias em 8 mil moradores de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
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Quais doenças podem ser previstas?
Entre as potenciais doenças que podem ser consideradas pela pesquisa estão câncer e problemas no coração, além de enfermidades raras.
A professora Marina Cândido explica que a ideia é entender as características genéticas de cada voluntário.
“Que a gente consiga trazer a saúde de precisão, a saúde que vai levar as características individuais da pessoa cada vez mais em consideração, para a gente ter um tratamento mais específico, mais direcionado para elas. O desenvolvimento das doenças acontece pela interação entre os fatores genéticos e as exposições ambientais que a gente tem ao longo da nossa vida”, afirma.
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