Petrobras estima alcançar pico de produção de petróleo no final da década e prevê declínio em seguida

A Petrobras estima alcançar o pico de sua produção de petróleo no final desta década, quando deve extrair 4,6 milhões de barris por dia. A projeção foi divulgada nesta sexta-feira (22).
Depois de atingir o teto, a produção da estatal deve entrar em declínio.
A estimativa está em linha com o cenário traçado pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), cujas análises apontam para um platô da produção em 2030, quando as petroleiras produzirão 5,3 milhões de barris por dia no Brasil.
Apesar do cenário, a estatal vai manter o seu foco de atuação no setor de petróleo e gás natural.
“O nosso foco continua sendo óleo e gás, e ele será também em 2050. O que eu digo é que ele [o foco] vai ser mais renovável comparado com hoje”, declarou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
A empresa busca novas descobertas de petróleo para repor suas reservas. De acordo com o plano estratégico para o período de 2025 a 2029, lançado na quinta-feira (21), a Petrobras vai investir US$ 7,9 bilhões em exploração.
No período, a companhia planeja alocar US$ 3,2 bilhões na exploração da Margem Equatorial –área que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, com alto potencial para descobertas de petróleo.
A Petrobras pretende perfurar 15 poços no local. Isso inclui o projeto “Amapá Águas Profundas”, na Bacia da Foz do Amazonas, que tem sofrido revezes no licenciamento pelo Ibama devido ao risco ambiental associado à exploração de petróleo na região.
“É uma companhia que ainda se beneficia da riqueza do pré-sal, mas que já começa a buscar prospectos do Norte ao Sul do Brasil, América do Sul, principalmente gás natural, e África, em regiões que tenham geologia similar à nossa”, declarou o gerente de Estratégia e Planejamento da Petrobras, Mario Jorge Silva.
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