Bandidos armados interceptam ônibus e deixam passageiros em pânico no RJ: ‘botou a arma na cabeça do meu filho’, diz mãe de jovem autista

Ônibus da empresa 1001 seguia da Região dos Lagos para o Rio de Janeiro durante a madrugada desta sexta-feira (22) quando foi rendido. Vítima acredita que 5 homens participaram da ação e disse que havia policiais, que não reagiram, entre os passageiros: ‘por Deus eles não viram as armas’. Passageiros que seguiam da Região dos Lagos para a cidade do Rio de Janeiro viveram momentos de pânico dentro do ônibus da empresa 1001, que foi interceptado por bandidos armados por volta das 3h15 da madrugada desta sexta-feira (22), na altura de Araruama.
O ônibus foi abordado 15 minutos depois de fazer parada na rodoviária da cidade. Ao g1, uma das passageiras contou que levava o filho autista para fazer tratamento no hospital universitário da UFRJ, no Fundão, quando quatro homens invadiram o veículo. Um ficou na porta, enquanto três deles rendiam as pessoas. A vítima acredita que um quinto homem aguardava no carro.
“Eles entraram gritando! Paravam perto das pessoas e falavam: ‘me dá o que você tem! O que você tem aí?””
A mulher contou ainda que, pelo fato do filho ser autista, tem reações agressivas.
“Meu filho que estava dormindo. Acordou assustado e ele botou a arma na cabeça do meu filho. Então, na mesma hora eu peguei o telefone e falei: ‘calma, calma, calma! Ele é autista, ele é PCD. Não faz nada com ele! Aí ele parou, eu peguei o telefone e dei na mão dele”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com a vítima, havia policiais entre os passageiros, que não reagiram. “Por Deus eles não viram as armas”. Toda a ação durou cerca de cinco minutos. Ainda segundo a mulher, na saída, os bandidos deram dois tiros, mas ninguém foi atingido.
Por conta dos compromissos dos passageiros, a mulher contou que o motorista seguiu viagem até a Rodoviária Novo Rio. Ela disse ainda que ficou surpresa com o que ouviu quando procurou a empresa para informar sobre o assalto:
“Fomos falar com as pessoas interessadas da empresa, e disseram que nada poderiam fazer. Aí, eu pergunto: ‘Até quando?'”
A vítima disse que vai registrar a ocorrência na delegacia. O g1 tenta contato com a 1001 para saber qual foi a medida tomada pela empresa.
Procurada, a Polícia Civil de Araruama informou que está investigando o caso.
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