Rodovias estaduais do Agreste e Mata Sul de PE estão entre as piores do Brasil, diz CNT


Estradas foram avaliadas em pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes em 2024. PE-177 está na lista das 10 piores rodovias do Brasil
Reprodução/Google Street View
A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) realizou em 2024 uma pesquisa para avaliar as melhores e piores rodovias do Brasil. Entre a lista das 10 piores, aparecem rodovias que ligam Quipapá a Garanhuns e Palmares a Barreiros.
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As rodovias em questão são a PE-096, que liga Palmares a Barreiros ; e a PE-177, que liga Quipapá a Garanhuns. A pesquisa foi divulgada na terça-feira (19). Segundo o estudo, as dez piores rodovias são estaduais, mas estão sob gestão pública. A maior parte das vias está localizada no Nordeste (veja ranking abaixo).
Para a pesquisa, a CNT avaliou 111,8 mil quilômetros de rodovias. O estado alcançou as principais vias estaduais, todas as vias federais pavimentadas e todas as concedidas.
O presidente da CNT, Vander Costa, destaca que o fato de que todas as rodovias estaduais entre as dez piores estão sob administração pública tem relação com a falta de recursos estaduais para manter as estradas.
“Houve uma melhora nas [rodovias] estaduais no período, quando a Cide-Combustíveis [imposto cobrado no valor dos combustíveis] tinha um valor mais significativo e 25% disso ia para os estados. Mas com a opção do governo, não esse, mas há pouco tempo atrás, de retirar a Cide dos combustíveis, principalmente do diesel, os estados ficaram sem recursos para investir na manutenção e melhoria de rodovias”, declarou.
Confira as 10 piores rodovias
PE-545, de Exu a Ouricuri (PE)
PE-096, de Palmares a Barreiros (PE)
PB-400, de Cajazeiras a Conceição (PB)
RN-118, de Macau a Itajá (RN)
PE-177, de Quipapá a Garanhuns (PE)
RS-153, de Barros Cassal a Vera Cruz (RS)
RS-640, de São Vicente do Sul a Rosário do Sul (RS)
RJ-155, de Barra Mansa a Angra dos Reis (RJ)
PB-066, de Ingá a Itambé (PB)
AC-010, de Porto Acre a Rio Branco (AC)
Todas as rodovias bem avaliadas estão localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
A pesquisa da CNT aponta também uma queda nos chamados “pontos críticos”, que são ocorrências críticas nas rodovias, como pontes caídas, queda de barreiras e erosão na pista. Entre 2023 e 2024, os pontos críticos caíram 7,6%. Só nas rodovias federais sob gestão pública a queda foi de 17,3%.
“Eles [os pontos críticos] sofreram uma variação positiva muito grande ao longo dos últimos seis anos e agora começaram a cair. Isso gera um impacto muito positivo em termos de segurança, em termos de fluidez de tráfego… essa foi uma das boas notícias da pesquisa nesse ano”, afirmou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.
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