Chuva provoca alagamento na Vila Maria Augusta, em Itaquaquecetuba


Muro em frente a porta de casa, crianças nos ombros e até “kit” para atravessar a enchente. Essas são algumas adaptações para quem precisa enfrentar essa situação que, segundo os moradores, é frequente. Chuva provoca alagamento na Vila Maria Augusta, em Itaquaquecetuba
João Belarmino/TV Diário
Muro em frente a porta de casa, crianças nos ombros e até “kit” para atravessar a enchente. É assim que os moradores da Vila Maria Augusta, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, enfrentam situações como a da manhã desta segunda-feira (19), em que o temporal da noite de domingo alagou as ruas do bairro. O g1 reuniu algumas matérias de anos anteriores que relatam alagamento no bairro (veja abaixo).
“Os alagamentos são tão frequentes que conviver com eles acabou se tornando normal”, disse uma moradora.
Em nota, a Prefeitura disse que “o município é castigado pela cheia do Rio Tietê que, nesta época do ano, recebe um maior volume de água vindo de outros municípios, que atinge ruas próximas às margens” (veja posicionamento completo abaixo).
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De acordo com quem mora no local, essa é uma situação que já acontece há 50 anos. Uma adaptação feita por uma mulher que reside no bairro foi construir um muro em frente a porta de casa, para evitar que a água entre dentro da residência.
Moradora da Vila Maria Augusta construiu muro em frente a porta de casa
Reprodução/TV Diário
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Ainda segundo essa moradora, apesar do nível da água na garagem da casa dela estar quase na altura dos tornozelos, ela disse que ainda é “confortável” em comparação ao nível que a água já chegou em algumas enchentes.
Segundo a moradora, esse nível de água é ‘confortável’ se comparado a altura que a água já chegou em anos anteriores
Reprodução/TV Diário
Outra medida adotada foi carregar um “kit” para atravessar a enchente. Um morador relatou que, para chegar no trabalho, atravessa a rua do bairro com botas de chuva e leva na mochila os sapatos que vai usar, pano e uma garrafa de água. No caso, a água serve para ele lavar os pés quando chega em uma área seca e, assim, poder calçar os sapatos.
Pai levando o filho para a escola nos ombros para que a criança não tenha contato com o alagamento
Reprodução/TV Diário
Em nota, a Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que a Defesa Civil está monitorando periodicamente não apenas o bairro Maria Augusta, mas outras áreas do município. Assim como em anos anteriores, o município é castigado pela cheia do Rio Tietê, que nesta época do ano recebe um maior volume de água vindo de outros municípios, que atinge ruas próximas às margens.
Ainda segundo a administração municipal, as equipes vem reforçando ações de limpeza de bueiros e galerias, capinação e desassoreamento dos córregos do município para que os transtornos possam ser minimizados. Além disso, após inúmeros pedidos e tratativas junto ao DAEE, o programa “Integra Tietê” iniciou o desassoreamento no Rio Tietê, no trecho do lote 4, que vai melhorar o fluxo de água no trecho que corta a cidade, evitando alagamentos.
Por fim, a Prefeitura reitera que está à disposição da população, que pode acompanhar as condições climáticas enviando um SMS com o CEP de sua residência para 40199. A orientação é de que os moradores mantenham-se atentos quanto às condições meteorológicas por meio de SMS que é enviado pelo órgão e, em caso de tempestade, busque abrigo seguro. A Defesa Civil deve ser acionada pelo 199.
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