Após operação da PF do PA contra fraudes no Enem, MPF reforça canal de denúncias


Pessoas procuraram MPF por redes sociais, mas denúncias de possíveis irregularidades precisam ser formalizadas por site ou presencialmente; veja como fazer. PF investiga estudantes que teriam fraudado o Enem no Pará.
Reprodução / PF-PA
Após a Polícia Federal do Pará deflagrar uma operação contra fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério Público Federal (MPF) reforçou os canais de denúncias de possíveis irregularidades envolvendo a prova.
A operação Passe Livre apreendeu celulares e provas e ouviu três estudantes investigados. Um deles, que é aluno de medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no campus de Marabá, e suspeito de fazer a prova no lugar de um amigo e de um parente. A defesa dele e dos outros estudantes negam.
A investigação começou há 20 dias, mas segundo a Polícia Federal, postagens em redes sociais expostas por uma ex-namorada de um dos investigados foram elementos importantes para esclarecer o suposto esquema de fraude do Enem.
Segundo o MPF, após a operação da Polícia Federal na sexta-feira (16), muitas pessoas procuraram o “MPF nas redes sociais para se informarem sobre como podem encaminhar denúncias à instituição”.
No entanto, o MPF não recebe denúncias formais por redes sociais, nem e-mail. A forma de denunicar é presencial ou pelo canal online oficial da instituição que é o MPF Serviços. No site, é só escolher a opção “Representação inicial (denúncia)”.
“Esse é o canal oficial do MPF para o recebimento de relatos sobre possíveis irregularidades que possam ensejar atuação do órgão”, detalhou o MPF em nota.
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As supostas fraudes ocorreram nas provas do Enem de 2022 e 2023, segundo a PF. De acordo com a Polícia Federal, com a nota no Enem conseguida através da possível fraude, duas pessoas que não teriam feito a prova foram aprovadas em medicina, pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Marabá.
Investigação segue
Segundo o delegado Ezequias Martins, a inevstigação continua para saber se podem ter ocorrido irregularidades em outras provas envolendo mais pessoas e é importante que, caso alguém saiba de casos semelhantes, denunciem.
“Vale ressaltar a importância do papel da população em noticiar a prática desses rimes. O inquérito só chegou até a Polícia Federal justamente por causa de uma denúncia crime apresentada, teve a verificação da procedência das informações e culminou com a deflagração da operação “, diz.
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Segundo a linha de investigação, um dos jovens já cursa medicina e está no 7° semestre da faculdade, o segundo alvo conseguiu ingressar na universidade em 2022. Já o terceiro, deveria começar o ano letivo no mês de março de 2024.
As provas dos envolvidos passaram por perícia, que revelou que a escrita dos suspeitos e as grafias na prova de redação são incompatíveis. A letra em ambos exames, de acordo com a investigação, apresenta semelhanças a do aluno de medicina.
Em nota, a Uepa informou que “execução das provas do Enem é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A Uepa acompanha e colabora com as investigações conduzidas pela Polícia Federal e aguarda a conclusão do processo para tomar as medidas cabíveis”. O g1 aguarda posicionamento do Mec e Inep.
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