Um ano após ter grave reação alérgica a pimenta, jovem não anda e nem consegue falar


Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, teve uma grave reação alérgica depois de cheirar uma pimenta. Mãe se emociona ao falar sobre a luta pela saúde da filha durante um ano. Thais Medeiros (esquerda) e garrafa de pimenta em conserva que ela cheirou (direita) Goiás
Matheus Lopes de Oliveira/Arquivo Pessoal e Reprodução/TV Anhanguera
Neste sábado (17) completa um ano desde o acidente com a trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma grave reação alérgica depois de cheirar uma pimenta, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ao g1, a mãe da jovem, Adriana Medeiros, se emocionou ao falar sobre a luta pela saúde da filha.
“Vivemos um dia de cada vez e sempre estamos na esperança de uma melhora, cuidando e lutando para tornar os dias dela melhores”, desabafou Adriana.
Thais Medeiros foi internada pela primeira vez em 17 de fevereiro de 2023, depois que ela passou mal ao sentir o cheiro de uma ‘pimenta bode’ na casa do então namorado, localizada na Vila Jaiara. Vídeos do dia mostram o desespero do então namorado ao levar a jovem ao hospital (assista o vídeo abaixo).
Vídeos mostram desespero de namorado ao levar jovem a hospital após ela cheirar pimenta
Segundo a família, em um ano, a jovem foi internada mais de oito vezes e ficou mais de 340 dias no hospital, sendo mais de 70 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse tempo, Thais passou por diversos tratamentos, como por exemplo, neuromodulação e sessões de fonoaudiologia e fisioterapia.
Atualmente, Thais não anda e nem consegue falar. Em entrevista ao g1, na tarde desta sexta-feira (16), a mãe da jovem disse que ela está em casa e que luta para conseguir um home care pela rede pública de saúde de Goiânia. “Cuidar dela sozinha é muito doloroso, faço o possível e o impossível”, desabafou.
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Adriana afirma que a Justiça determinou que o home care seja oferecido. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que Thais é assistida por uma equipe do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) em casa. Em nota, disse também que o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece o home care.
Thais Medeiros de Oliveira toma sol pela primeira vez após passar mal por cheirar pimenta
Reprodução/Redes sociais
Questionada sobre o um ano de luta pela saúde da filha, Adriana se emocionou. “Continuamos arrasadas com tudo o que aconteceu. Cuidamos dela, eu e as duas filhas dela, Valentina e Antonella. Tudo que queremos é que a Thais melhore, nós esperamos em Deus, que sabe de todas as coisas”, finaliza.
Adriana ainda agradece o apoio e ajuda que recebe todos os dias de amigos e seguidores de Thais nas redes sociais. Nesta quinta-feira (15), a mãe publicou um vídeo sobre o um ano do tratamento da jovem (assista o vídeo abaixo). “363 de muita luta, estamos lutando dia e noite para cuidar de você minha filha”, escreveu.
Mãe publicou vídeo sobre o um ano do tratamento da jovem
Íntegra da nota da SMS
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar.
O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.
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