Com 466 casos em 19 dias, Campinas faz 3º mutirão para combater criadouros de dengue


Trabalho neste sábado foi realizado em quatro regiões: Bonfim, Castelo, Quarto Centenário e Jardim Eulina – este último, que concentra 54% dos casos de dengue na cidade. Campinas realizou novo mutirão de combate à dengue
Carlos Bassan/Prefeitura Municipal de Campinas
A Prefeitura de Campinas (SP) realizou, neste sábado (20), o terceiro mutirão de combate a criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. A cidade está em alerta, desde o fim do ano passado, para uma possível explosão de casos da doença em 2024. De acordo com o governo municipal, a cidade contabiliza, em 19 dias do ano, 466 registros da infecção.
📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp
O trabalho neste sábado foi realizado em quatro regiões: Bonfim, Castelo, Quarto Centenário e Jardim Eulina – este último, que concentra 54% dos casos de dengue em Campinas.
Segundo o Programa de Arboviroses da metrópole, o retorno ao bairro, que já havia sido alvo do 2º mutirão, foi para trabalhar uma “redução de pendências”, considerando que, da primeira vez, a taxa de recusa de entrada nos imóveis foi de 44,5%. O balanço da ação será divulgada na segunda-feira (22).
O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Campinas repetiu a mesma estratégia do último mutirão, ao fazer uma “operação de guerra” com a utilização de drones para fazer um monitoramento de possíveis criadouros do Aedes. O pacote de medidas prevê ainda, em caso de necessidade, entrada forçada em imóveis fechados com a utilização de chaveiros.
Mutirões anteriores
6 de janeiro
Áreas vistoriadas: Jardim Santo Antônio, Dics 3, 4 e 5, e trechos do Dic 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont.
Imóveis visitados: Três mil
Inacessíveis: 48%
11 e 12 de janeiro
Áreas vistoriadas: Jardim Eulina
Imóveis visitados: 2,7 mil
Inacessíveis: 44,5%
Áreas em risco
Condomínio Parque da Hípica (Leste)
Bairro das Palmeiras (Leste)
Cidade Universitária I (Norte)
Cidade Universitária II (Norte)
Village (Norte)
Jardim Guarani (Suleste)
Conjunto Habitacional Chico Mendes (Sudoeste)
Residencial São José (Sudoeste)
Loteamento Residencial Rosário (Sudoeste)
Vila Aeroporto (Sudoeste)
Segundo a prefeitura, os bairros foram selecionados em virtude dos casos confirmados ou suspeitos nos últimos sete dias e o objetivo é mobilizar a população para mais cuidados. O Jardim Eulina, por exemplo, não aparece na lista por conta do recorte de tempo considerado, mas concentra mais da metade dos registros.
Dengue em Campinas
Campinas fechou 2023 com 11,2 mil casos de dengue e três mortes, de acordo com balanço atualizado pela prefeitura neste sábado. Foi a sexta maior epidemia da história da cidade.
LEIA MAIS:
DENGUE NOS OLHOS? Entenda o que é e quais danos a doença pode causar à visão
QUIZ: Descubra o que é verdadeiro ou falso sobre a dengue
A reintrodução dos sorotipos 3 e 4 fez o governo municipal entrar em alerta para uma explosão de casos, com a intenção de não enfrentar o cenário “dramático” de 2015, com 65 mil registros e dez óbitos.
O tipo 3 do vírus circulou em Campinas pela última vez em 2009, e o tipo 4 havia sido registrado anteriormente em 2014. Crianças, adolescentes, além de adultos e idosos que não tiveram contato com a doença anteriormente são os mais vulneráveis. Além disso, há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
As medidas definidas pela Secretaria de Saúde para evitar o cenário caótico envolvem divulgação de boletins semanais, mutirões a cada 15 dias, com operações “de guerra” e capacitação da rede saúde.
Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
Confira algumas das medidas de combate ao mosquito:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Adicionar aos favoritos o Link permanente.