‘Japa do Crime’ presa com R$ 1 milhão não sabia dos crimes do marido, diz defesa


Advogado de Karen de Moura Tanaka Moris disse ao g1 que mulher é inocente e dinheiro encontrado é da venda de veículos e imóveis. Suspeita é conhecida pela polícia como ‘Japa do crime’. Karen de Moura Tanaka Moris foi presa com mais de R$ 1 milhão em dinheiro
Divulgação/Polícia Civil e Matheus Croce/TV Tribuna
Conhecida pela polícia como ‘Japa do crime’, Karen de Moura Tanaka Moris não tem envolvimento com atos ilícitos, segundo o advogado de defesa João Armôa Junior. Em entrevista ao g1 nesta sexta-feira (9), ele disse que a mulher sequer tinha conhecimento do histórico criminoso do marido Wagner Ferreira da Silva, o ‘Cabelo Duro’, antes da morte dele em 2018. Segundo a polícia, o homem era considerado um dos chefes da principal facção criminosa do estado de São Paulo.
✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
Karen, que teve a prisão convertida em preventiva, é apontada pela polícia como uma das principais responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas para a organização na Baixada Santista. Ela foi presa no apartamento dela no bairro Tatuapé, na capital, onde a polícia apreendeu R$ 1 milhão e 50 mil dólares [cerca de R$ 249 mil na cotação atual] em dinheiro, além de um veículo da marca Audi.
Segundo o advogado, o dinheiro encontrado na casa é oriundo de meios lícitos. “De compra e venda de veículos, de imóveis que são totalmente lícitos e isso vai ser comprovado no curso da instrução do processo”, explicou João Armôa Junior.
Ainda de acordo com o defensor, Karen tem ensino superior e é ré primária. “A maior prova que ela está falando a verdade sobre esse tema é que nunca ela foi investigada por organização criminosa enquanto o marido era vivo e nem logo após a morte dele”, enfatizou.
O advogado esclareceu ainda que ela tem um filho menor de idade com Wagner, mas não sabia do envolvimento do marido com o crime organizado. “Desconhecia totalmente as atividades ilícitas dele enquanto ele estava em vida aqui na Terra”, disse Armôa.
A expectativa da defesa de Karen é que seja concedida liberdade provisória ou prisão domiciliar para que a suspeita possa cuidar do filho. “A lei diz que a mãe presa com um filho menor de 12 anos, que depende exclusivamente dela, não pode ficar presa e tem que ficar em prisão domiciliar”, explicou.
Viúva de chefe de facção executado é presa por lavagem de dinheiro no litoral de SP
Divulgação/Polícia Civil e Reprodução
Viúva de ‘Cabelo Duro’
Wagner também era conhecido como Waguininho e Magrelo. Ele é suspeito de participar de roubos em marinas de luxo no litoral paulista e do assassinato de um policial militar. A polícia apura se Wagner desviou dinheiro ou estaria envolvido nos assassinatos de outros dois membros da facção: Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.
Wagner Ferreira da Silva foi morto com tiros de fuzil aos 32 anos, em um ataque realizado na frente do hotel Blue Tree Towers, na Zona Leste de São Paulo, em fevereiro de 2018.
Polícia de SP investiga execução de criminoso a tiros de fuzil
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Adicionar aos favoritos o Link permanente.