Baiana relata saída de Miami após alerta por conta do Irma; ‘estradas e postos lotados’

A jornalista Andreia Neri mora na Flórida há 3 anos e deixou o local por conta do furacão, que deve atingir a região entre este sábado (9) e o domingo (10). Jornalista baiana deixa casa em Miami por conta do furacão Irma
A jornalista baiana Andréia Neri, 40 anos, deixou o bairro de Brickell, em Miami, no estado da Flórida (EUA), na quarta-feira (6), por conta do furacão Irma, que deve passar pela região entre este sábado (9) e o domingo (10). Andreia relatou ao G1 que teve tempo de se organizar para deixar a casa onde vive com o marido, que também é brasieliro, pois o governo alertou a população sobre as áreas que deveriam ser evacuadas. (Assista o relato no vídeo acima)
“A grandiosidade de Irma e o recente impacto de um furacão no Texas [Harvey] deixou autoridades locais apreensivas. O grande impacto de Irma na Flórida será hoje à noite e amanhã de manhã”, afirmou Andreia.
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Mesmo assim, o casal, que mora em Miami há três anos, enfrentou estradas e postos de combustíveis lotados e viu a rotina mudar completamente. Os brasileiros foram dispensados do trabalho e viajaram para Nova Orleans, na Luisiana. O deslocamento, com paradas para dormir, durou mais de 20 horas. Um trecho que poderia ser feito em 3 horas, em condições de trânsito normais, conforme Andreia, foi feito em 7 horas por causa dos congestionamentos nas estradas. “Muita gente enfrentando as mesmas dificuldades”, disse.
Andreia relata que enfrentou “disputas” online por uma hospedagem. Ela conta que ficou impressionada com a alta dos preços das diárias em uma situação como essa, de necessidade. O casal chegou a dormir em Pensacola, na Flórida, mas não conseguiu hospedagem para uma segunda noite e seguiu para Nova Orleans.
“[Estamos] na expectativa do que está por vir. Temos que esperar as próximas horas para saber o melhor momento de voltar para casa”, disse Andreia.
Além disso, a jornalista relatou que percebeu os cuidados de famílias que moram na Flórida com a a aproximação do Irma. “Famílias limpando quintais e fechando casas e apartamentos. Nada pode ficar do lado de fora, pois com os ventos, qualquer objeto pode aumentar riscos de acidentes”, disse.
Andreia afirmou ainda que, por conta do alerta da chegada do furacão, aumentou a procura por itens como água e alimentos não perecívies. “As prateleiras dos suepremercados estão vazias. Um problema para quem não se preparou”, afirmou.
Essa é a segunda vez que a jornalista enfrenta a chegada de um furacão na região. “O primeiro foi há cerca de um ano, Matthew. Furacão de categoria 4, que ficou no mar e afetou Miami levemente”, lembra.
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