Dia Mundial da Conscientização do Autismo: conheça a escola do interior de SP que se destaca no ensino adaptado para alunos com TEA


Trabalho realizado na escola Alzira Valle Rolemberg, de São José do Rio Preto (SP), contribui com o desenvolvimento de alunos no ambiente social a partir de um jardim sensorial. Alunos da professora Sandra pintando utilizando tintas que são produzidas com frutas, hortaliças e verduras da própria horta da escola
João Pedro Maciel/G1
Qual o objetivo de uma escola se não ensinar, contribuir com a socialização dos alunos e formar um cidadão? Em uma unidade de ensino de São José do Rio Preto (SP) a metodologia vai além, pois leva à inclusão e desenvolvimento de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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A Escola Estadual Alzira do Vale Rollemberg é um exemplo no quesito ensino adaptado. Além de educadores capacitados, o prédio tem possui infraestrutura convidativa e que contribui com o ensino inclusivo.
Fachada da escola Alzira Valle Rolemberg de Rio Preto (SP)
João Pedro Maciel/g1
Um dos espaços mais frequentados por professores e alunos é um jardim que auxilia no desenvolvimento sensorial. O espaço verde é utilizado na maioria das aulas com alunos especiais, que também cuidam das plantas.
A estudante Emilly Sara Rodrigues dos Santos, de 14 anos, passou a gostar ainda mais de geografia quando a professora usou o local para explicar sobre o Mapa Mundi, nascer e pôr do sol.
“Foi muito mais demonstrativo, fica bem mais fácil e legal de se entender”, explica. “É muita coisa para digerir dentro da sala, aqui fora eu consigo entender bem melhor. As aulas aqui passam uma sensação de liberdade.”
Escola Alzira Valle Rolemberg de Rio Preto tem “Espaço Verde” adaptado para aulas com crianças autistas
João Pedro Maciel/G1
Para a professora Sandra Zanatta Rodrigues Galavotti, o foco das aulas e da escola é trabalhar a empatia entre alunos, o que também contribui para o desenvolvimento sensorial e social dos estudantes.
“Eu fui aprendendo a lidar com as dificuldades de cada um e projeto minhas aulas baseadas nessas necessidades”, afirma.
O “Espaço Verde” da escola Alzira Valle Rolemberg cultiva frutas, verduras e hortaliças
João Pedro Maciel/g1
Sandra também conta que, para desenvolver as aulas, recebe ajuda de uma Profissional Especializada em Currículo (PEC) da Diretoria de Ensino de Rio Preto.
Segundo a coordenadora da escola, Claudenise Marcela Risso Reggiani Arruda, os professores recebem capacitação e são são orientados em uma Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC).
Nela, os professores fazem um relatório, de acordo com a necessidade de cada aluno. Em relação à matrícula, o único documento diferentes que os pais devem fornecer à escola é um laudo com a comprovação da deficiência do filho.
“Cada aluno recebe um atendimento especializado e a escola é adaptada para receber alunos que tenham deficiência intelectual, auditiva, múltipla e visual”, conta a coordenadora.
Professora e cuidadoras da escola Alzira Valle Rolemberg com os alunos autistas
João Pedro Maciel/g1
Marli Gonçalves de Camargo Lobregati, de 40 anos, é mãe de um dos estudantes da escola. Para ela, ter o filho matriculado na instituição fez a diferença no desenvolvimento escolar.
“Meu filho mudou muito. Hoje em dia ele tem vontade de vir pra aula, ele fala dos amigos em casa. Esse tipo de coisa não acontecia, ele era um garoto muito fechado e hoje, na escola, se sente muito mais livre para ser quem ele é.”
“Espaço Verde” que é adaptado e usado para aulas que estimulam o sensorial das crianças autistas
João Pedro Maciel/G1
*Colaborou sob supervisão de Heloísa Casonato
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