Obras de apartamentos de R$ 22 milhões com piscinas suspensas na sacada chegam à fase final em SC


Feita de concreto protendido e vidro laminado, piscina tem vista para a baía de Itajaí e a Mata Atlântica. Unidades serão entregues no início de 2025. Prédio em SC tem piscinas aquecidas e suspensas nas sacadas. Vídeo: Fala JC/ Divulgação
O residencial que chamou a atenção ao anunciar a construção de piscinas suspensas e aquecidas na varanda dos apartamentos em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, será entregue aos moradores no início de 2025, segundo a construtora.
Feita de concreto protendido (concreto com cordões de aço) e vidro laminado, a estrutura dá a sensação de “flutuar” nas alturas (assista acima). Um triplex na unidade custa R$ 22 milhões.
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Segundo Fabrício Bellini, CEO da Blue Heaven Empreendimentos, responsável pela obra, ainda faltam detalhes de acabamentos e montagem de móveis das áreas comuns e de lazer do prédio. As piscinas já foram concluídas.
O número de apartamentos vendidos não foi informado, mas, segundo a construtora, poucas unidades seguiam disponíveis na sexta-feira (13).
Vista
No sexto pavimento, um apartamento decorado disponível para visitação dá um gosto aos compradores e possíveis clientes. Da piscina dele, é possível ver a baía de Itajaí, a Mata Atlântica e os arranha-céus da vizinha Balneário Camboriú (veja foto abaixo, feita nesta semana).
Vista da sacada com piscina em prédio de Itajaí
Divulgação
De acordo com a construtora, o apartamento mais barato do Infinitá Treehouse, projeto vice-campeão no prêmio Global Architecture & Design Awards 2023, custa R$ 7 milhões. As unidades vão de 350 m² a mais de 805m² e terão fachada verde com jardins suspensos e pisos em pedras vulcânicas.
Materiais
Segundo o arquiteto do projeto Sávio Jobim, a escolha pelo vidro laminado ocorreu por ter “um maior desempenho termoacústico de um lado e um maior desempenho mecânico do outro”.
Ele explica que a estrutura passou por um estudo geotécnico que avaliou a capacidade do terreno de aguentar a carga pretendida. O nível do lençol freático no local também foi analisado.
O engenheiro civil Abrahão Rohden, professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), destaca que o material pode ser uma boa solução para esse tipo de arquitetura, “desde que bem projetada” (veja mais abaixo).
“A segurança de uma estrutura depende muito dos profissionais envolvidos tanto na elaboração dos projetos quanto na execução da obra”, comenta.
Projeto do prédio em Itajaí que terá piscinas nas sacadas
Architects Office
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O município onde o prédio de luxo é construído se destaca por ter o maior Produto Interno Bruto (PIB) catarinense, e um dos maiores do país, segundo o governo estadual. Em 2023, a cidade tomou o posto de Joinville, cidade catarinense mais populosa, como a mais rica do estado.
Estrutura
O arquiteto Sávio Jobim explica que o vidro laminado, usado na construção da piscina, é composto por quatro placas conectadas por uma película PVB (polivinil butiral).
“[Essa película] faz com que as quatro placas de vidro ganhem uma maior resistência mecânica, uma vez que elas não estilhaçam quando impactadas e, do outro lado, aumenta o desempenho térmico e acústico quando comparado com o vidro convencional”, afirma.
Apartamentos terão piscina nas sacadas
Architects Office/ Divulgação
“Em relação à estrutura [da piscina], que é majoritariamente configurada em concreto, a ideia é trabalhar com elementos pré-fabricados, que diminuem muito a imprecisão de obra, ou seja, torna a obra muito mais confiável e, por consequência, aumentam a segurança de todos”. explicou.
Já o engenheiro Rohden lembra que piscinas suspensas tendem a ser feitas de acrílico, polímero já bastante usado em aquários, mas podem ser construídas também em vidro laminado, como no caso de Itajaí, “desde que bem projetado”.
A principal diferença dos dois materiais, segundo ele, é o peso próprio. O acrílico é mais leve.
“Geralmente, o acrílico é usado pois pode ser soldado diferente do vidro laminado. Isso diminui bastante a chance de haver problemas nas interfaces entre placas de vidro e entre o vidro e os outros materiais”, explica.
Obras do edifício Treehouse, que será entregue no fim do ano
Architects Office/ Divulgação
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