Empresa vai assumir o Rodoshopping do Cajá, PB, e tem um ano para concluir obra


Escolha aconteceu por processo licitatório. Contrato deve ser assinado nos próximos dias entre empresa e Governo do Estado. Rodoshopping do distrito do Cajá, nas margens da BR-230
TV Cabo Branco
O contrato entre o Governo do Estado e a empresa vencedora da licitação para assumir o Rodoshopping do Cajá, na Paraíba, deve ser assinado nos próximos dias, de acordo com o secretário executivo de Parceria Público-Privada, Petrônio Rolim. A empresa Qualities Refeições terá o prazo de um ano para concluir as obras no local e 60 dias após assinatura do contrato para dar início às obras.
O Rodoshopping do distrito do Cajá, nas margens da BR-230, em Caldas Brandão, foi inaugurado por três governadores, mas nunca cumpriu efetivamente sua função. A série “Obras Inacabadas”, da TV Cabo Branco e Jornal da Paraíba revelou, em outubro de 2023, que, oficialmente, a obra é considerada abandonada, e não inacabada.
Com o processo licitatório encerrado, a empresa deve assumir o espaço nas próximas semanas. Segundo Petrônio Rolim, trata-se de uma concessão de uso de imóvel publico. No local, deve funcionar salas comerciais, restaurante e, provavelmente, um posto de combustíveis.
Das vinte e duas lojas disponibilizadas, dezenove serão utilizadas pela empresa Qualities, que pode explorá-las diretamente ou indiretamente, e três serão de uso exclusivo do Estado da Paraíba, disponibilizadas para exposição e comercialização do artesanato paraibano.
Estrutura do Rodoshopping na BR-230 está em situação crítica
TV Cabo Branco
A empresa que irá explorar o Rodoshopping do Cajá deverá investir na melhoria da infraestrutura o valor mínimo de R$ 4.755.194,18, considerando a reforma do pátio/estacionamento e do próprio imóvel que caracteriza o Rodoshopping, além da construção e instalação do posto de combustíveis.
O valor da proposta apresentada pela empresa foi de R$ 16.648,55, conforme publicado no Diário Oficial do Estado, a ser pago por mês a título de outorga mensal. O valor contratual se estabelecerá em 288 parcelas mensais de R$ 16.648,55, totatlizando R$ 4.794.782,40.
De acordo com Petrônio Rolim, o prazo da concessão será de 25 anos, podendo ser prorrogado por mais cinco anos.
Entenda abandono do Rodoshopping do Cajá
Conforme detalhou o Conversa Política na série Obras Inacabadas, uma das inaugurações do Rodoshopping do Cajá foi em dezembro de 2010. Em 2013, alguns comerciantes foram selecionados para trabalhar, porém, pouquíssimas coisas foram vendidas no local, que já apresentava problemas estruturais. Na época, foram encontrados indícios do desperdício de dinheiro público: suportes de lâmpadas que caíram, infiltrações, piso rachado, portas destruídas e o estacionamento tomado pela vegetação.
No total, foram mais de R$ 6 milhões investidos em materiais de construção para a estrutura. Muito desse investimento virou ferrugem, foi arrancado ou está imprestável.
Com o local abandonado, a solução dada pelo Governo do Estado para evitar mais gastos públicos foi fazer a concessão para a iniciativa privada.
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