Dengue: passam de 360 mil os casos prováveis da doença em 2024 no Brasil


O Distrito Federal tem o maior coeficiente de incidência no país. Minas Gerais registra o segundo maior indicador, seguido pelo Acre, Paraná e Goiás. Ações de combate ao mosquito se intensificam no país. Passam de 360 mil os casos prováveis de dengue em 2024 no Brasil. Ações de combate ao mosquito se intensificaram no país.
Começou a funcionar nesta terça-feira (6), em São Paulo, o Centro de Operações de Emergências de Combate ao Mosquito da Dengue no estado. O lugar vai reunir oito secretarias para definir ações em parcerias com as prefeituras. Em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, agentes usam drones para buscar possíveis focos de dengue.
O Rio de Janeiro inaugurou o quarto polo de atendimento para pacientes com dengue, na Zona Norte da cidade.
Em Brasília, o atendimento no hospital de campanha da Aeronáutica, montado para funcionar 24 horas por dia, ficou suspenso por cinco horas por um problema no gerador. Houve fila durante a madrugada.
“Estou com o meu irmão ali dentro do carro passando mal e a gente esperando até agora aqui. Difícil”, diz o vigilante Ricardo Pereira dos Santos.
O Ministério da Saúde divulga diariamente a atualização de casos de dengue em todo o país. Um dos indicadores mostra o número de casos prováveis e confirmados da doença por 100 mil habitantes.
O Distrito Federal tem o maior coeficiente de incidência no país. Minas Gerais registra o segundo maior indicador, seguido pelo Acre, Paraná e Goiás.
Dengue
Jornal Nacional/Reprodução
O infectologista Carlos Starling explica que o índice aceitável é abaixo de 100.
“Entre 100 e 300 casos, em geral, é considerada uma taxa moderada, e acima de 300 casos realmente é uma incidência muito alta”, afirma.
O Ministério da Saúde informou que o coeficiente de incidência é usado para o monitoramento dos casos e auxilia na identificação de aumento de risco de uma determinada população adoecer, afirmou ainda que ampliou o repasse em até R$ 1,5 bilhão para apoiar estados e municípios.
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Santa Maria de Itabira, no interior de Minas, tem um dos coeficientes mais altos do estado: 4.489 por 100 mil habitantes. A cidade tem dois postos de saúde e, para dar conta de tantos moradores com sintomas de dengue, novos funcionários foram contratados e o atendimento foi ampliado em três horas nas unidades. Agora, os centros ficam abertos até 19h e, mesmo assim, o movimento continua alto.
“Na minha casa, teve minha mãe, minha tia. Na minha rua, teve muita gente também. Tudo com dengue”, conta a professora Eduarda Viana.
A maioria dos pacientes precisa receber soro na veia para evitar a desidratação grave, que pode levar à morte. Seu José mal tinha forças para falar.
“Estou achando que é dengue, e no mais é fraqueza mesmo”, diz.
Isabela Costa Procópio, médica do posto de saúde, pegou dengue em janeiro. Precisou ficar dez dias afastada e voltou ao trabalho com mais vontade de ajudar.
“A gente compreende muito a dor do paciente, as queixas que ele traz, e vê-los assim, traz muita angústia e a gente faz de tudo para resolver o mais rápido possível”, afirma.
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