Primeiro LIRAa do ano aponta aumento de infestação por Aedes aegypti em Governador Valadares


Números apontaram um aumento de 0,5% em relação ao último levantamento, feito em novembro de 2023. Mosquitos Aedes aegypti no laboratório Oxitec em Campinas, São Paulo 02/02/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
A Prefeitura de Governado Valadares divulgou nesta sexta-feira (02), o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa.
Os dados revelaram que 5,4% dos imóveis pesquisados contam com a presença do mosquito transmissor das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Os números apontaram um aumento de 0,5%, já que no último levantamento, em novembro de 2023, o percentual foi de 4,9%.
“As pessoas precisam ter em mente que não temos em nosso município um profissional para ficar fiscalizando todos os dias os mesmos imóveis; e isso nem é papel deles. Quem deve permanecer vigilante e, colocar em prática as ações repassadas são os moradores, que precisam se unir ao Poder Público nessa luta que é de responsabilidade de todos nós!”, afirmou o gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marques Rogério.
O LIRAa apontou ainda que, mais de 90% dos focos continuam sendo encontrados dentro das casas, sendo 37,8% deles nos vasos e pratos de plantas; 22,9% nos ralos, calhas e lajes; 18,1% nos reservatórios de água secundários e 16% nos lixos acondicionados de forma incorreta. Em contrapartida, no LIRAa anterior, feito em novembro de 2023, foram registrados, respectivamente, 21,9% em vasos e pratos de plantas; 45,1% deles nos ralos, calhas e lajes; 15% nos reservatórios de água secundários e 9,5% nos lixos.
Pneus, depósitos naturais e caixas d’água tiveram uma pequena redução; de 4,9% o ano passado para 3,2% este ano (pneus); 1,3% em novembro de 2023 contra 0,6% este ano em caixas d’água e 2,3% (em novembro do ano passado) para 1,4% este ano depósitos naturais.
Em relação aos bairros, os resultados também foram alarmantes. A maioria deles teve aumento no número de criadouros e focos do Aedes. De 14 estratos, apenas 5 tiveram redução no que se refere à infestação pelo mosquito da dengue.
O mais significativo deles foi o estrato 2, que compreende os bairros Grã-Duquesa, Maria Eugênia, Santo Agostinho, Morada do Vale I, Lagoa Santa, Morada do Vale, Cidade Nova, Vale Verde e Esperança. Pasmem, pois o número quase dobrou; saltando de 5,9% em novembro de 2023 para 10% no primeiro levantamento de 2024.
Logo atrás vem o estrato 3, que compreende o Santa Helena, Morro do Carapina, Nossa Senhora das Graças, Querosene, Monte Carmelo e Santa Efigênia – registrou 5,9% contra 9,1% no LIRAa deste ano.
Em seguida, está o estrato 8, que conta Jardim do Trevo, Santa Paula, Turmalina, Posto Planalto, Sertão do Rio Doce, Retiro dos Lagos, Os Borges e Palmeiras com 7,4% contra 5,7% (em novembro de 2023).
Na sequência, vem o estrato 9, que compreende Vila Império, São Cristóvão, Jardim Perola, Kennedy, Bela Vista, Fraternidade, Vila Ozanã, São José, Nossa Senhora de Fátima e Parque Olímpico, o índice foi de 3,7% para 6,6%.
Tiveram uma pequena redução os estratos 13, que abrangem os bairros Jardim Alice, Vila Rica, Penha, Novo Horizonte, Vale Pastoril, Caravelas, Castanheiras, Vila União, Tiradentes, Figueira do Rio Doce e Vitória, que foi de 5,3% para 2,7% e também o 6 (Centro, Esplanada, Esplanadinha e São Pedro), que caíram de 6,4% para 3,9%.
Casos de arboviroses
De 31 de dezembro do ano passado até 27 de janeiro deste ano, Governador Valadares apresentou 251 casos notificados prováveis de arboviroses, sendo 202 de dengue e 49 de chikungunya. Não houve casos de zika notificados até o momento.
No mesmo período do ano passado, ou seja, de 1º a 28 de janeiro, foram 290, sendo 262 de dengue e 28 de chikungunya. Em 2023, também não houve casos de zika notificado.
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