Laudo revela a causa da morte de cavalos em haras no Amazonas


Segundo a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), os animais ingeriram feno contaminados com a toxina Clostridium botulinum, causadora de botulismo. Mãe de dono de cavalos relata mortes por suspeita intoxicação em haras de Manaus
O botulismo foi a causa da morte de cavalos registrada no início deste ano em haras em Manaus no município de Presidente Figueiredo, interior do Amazonas. Segundo informado pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), nesta terça-feira (18), o laudo apontou que os animais ingeriram feno contaminados com a toxina causadora da doença.
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Ao menos 22 cavalos morreram no Amazonas nos primeiros dez dias de janeiro, e todos animais apresentarem sintomas semelhantes. As mortes foram denunciadas às autoridades pelos donos dos animais, por esse motivo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) abriu um inquérito policial, que segue em andamento.
Segundo a Adaf,
a Adaf analisou alguns casos de animais que consumiram o feno. Eles não investigaram todos. Os proprietários de alguns animais fizeram exames particulares e muitos deram negativo para botulismo
A investigação epidemiológica contou com a coleta de material biológico dos animais — como cérebro, cerebelo, tronco encefálico e fragmento de medula espinhal — para análises laboratoriais, que indicaram a doença como causa das mortes.
Conforme a Adaf, o botulismo é causado pela toxina Clostridium botulinum e pode provocar sintomas como fraqueza, tremores musculares, salivação excessiva e paralisia progressiva, sendo geralmente contraída por meio da ingestão de alimentos contaminados.
O caso
Com as novas mortes, oito animais já perderam a vida no Haras
Divulgação
No dia 4 de janeiro, donos de cavalos que estavam no Haras da Nilton Lins foram surpreendidos com a notícia da morte de três equinos. Outros animais que estavam no local também estavam doentes e apresentavam sintomas como falta de apetite, o que levou a uma rápida perda de peso. Os animais vivos foram submetidos a tratamento com soro.
Desde então, outros seis animais que estavam no haras morreram em dias seguintes. Um cavalo que estava em uma chácara em outro ponto da cidade também morreu, no dia 6 de janeiro, após ingerir o feno produzido no Haras da Nilton Lins, segundo a proprietária do animal.
Segundo a PC-AM, no total foram registradas:
12 mortes no Haras da Nilton Lins, em Manaus
8 mortes em uma chácara no bairro Tarumã, em Manaus
2 mortes no município de Presidente Figueiredo
Por meio de nota, a Universidade Nilton Lins, responsável pela administração do haras, informou que, ao identificarem os primeiros sintomas, adotaram medidas para proteger os demais animais e controlar a situação.
Os donos de cavalos encontrados mortos em Manaus denunciaram que os animais foram enterrados sem os devidos critérios sanitários no próprio terreno do Haras Nilton Lins, onde viviam. Imagens enviadas ao g1 mostram covas e os animais sendo deixados no local em tratores. Segundo os proprietários, os enterros são irregulares.
Os proprietários dos animais na chácara em Manaus e em Presidente Figueiredo não foram localizados.
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