Avanço da dengue no Brasil obriga prefeituras a reforçar o combate ao aedes aegypti


A cidade de São Paulo, por exemplo, reorganizou a agenda dos agentes de saúde da família. Agora, eles visitam as ruas que tiveram casos de dengue identificados recentemente. Avanço da dengue no Brasil obriga prefeituras a reforçar o combate ao aedes aegypti
Jornal Nacional/Reprodução
O avanço da dengue no Brasil obrigou prefeituras a reforçar o combate ao aedes aegypti. Com mais de 1,2 milhão casos registrados, 278 pessoas morreram.
Os números assustam e o perigo é real. Em Porto Alegre tem soldado nessa luta: 80 militares se juntaram aos agentes de saúde da prefeitura para bater de casa em casa, identificar e acabar com criadouros do aedes aegypti.
“O pessoal do Exército teve uma capacitação para nos acompanhar. A gente só pede para a população nos ajudar, porque tem muita gente que não nos atende, outras que também não cuidam do pátio”, diz a agente de saúde Marleide Ferreira.
Os goianos, agora, enfrentam fiscalização rigorosa. Terreno vazio tem que estar bem cuidado, cortar o mato alto e retirar o lixo. A multa chega a R$ 1 mil.
A cidade de São Paulo reorganizou a agenda dos agentes de saúde da família. Agora, eles visitam as ruas que tiveram casos de dengue identificados recentemente.
“No período de até dez dias do caso, a chance de conseguir atingir justamente o mosquito contaminado é maior. Com isso, as equipes conseguem conter o avanço ou a velocidade da doença na cidade”, diz Luiz Arthur Caldeira, coordenador de Vigilância em Saúde.
Para isso, o número de agentes em busca dos criadouros do aedes aegypti saltou de 2 mil para 12 mil, e eles têm olhos bem apurados.
A dona de casa Sueli Ferreira de Souza disse que vai cuidar melhor do quintal.
“Ficar mais ativa, olhando, revisando”, diz.
Quando a dengue pode matar? Entenda como identificar casos graves da doença
Inspecionar uma cidade do tamanho de São Paulo não é fácil, mas agora os agentes de vigilância em saúde têm uma nova ferramenta. Eles estão usando drones da Guarda Civil Metropolitana. Em um voo, o drone encontrou uma tampa de caixa d’água quebrada. Vinte e seis drones estão operando exclusivamente no combate à dengue. E eles encontram locais com água parada em, praticamente, todas os quarteirões vistoriados.
“É um problema social e também preocupação de cada um. A conscientização porque isso é um movimento que tem que ser feito continuamente e diariamente. Porque todo mundo é vítima desse mosquito”, afirma Rogério Marques, diretor do Dronepol.
A Prefeitura de Vitória também passou a usar drones e as imagens gravadas de cima mostram com clareza que o mosquito da dengue mora perto de grande parte da população, e que a batalha só vai ser vencida quando esse perigo for afastado.
“Deus me livre! Longe! Queremos saúde”, afirma uma mulher.
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