Brasil deve ter 74 mil casos de câncer de mama em 2024; veja como prevenir


Dados são do Instituto Nacional do Câncer. Especialista de São Carlos orienta sobre forma de prevenção e novidades no tratamento.
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Em 2024, o câncer de mama tem tudo para continuar como o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres do Brasil. Essa constatação é do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, que estima a ocorrência de 73.610 novos casos registrados no período. Destes, boa parte deve acontecer apenas no estado de São Paulo, onde são previstas 20.470 ocorrências de tumores malignos.
Os números assustam, e mostram como é importante se prevenir de todas as formas para não fazer parte desta perigosa estatística. Segundo o Dr. Alexandre Macchetti, responsável pela área de Mastologia no Instituto Hélder Polido, em São Carlos, a principal forma de prevenção ainda é o diagnóstico precoce.
“Realizar anualmente os exames de mamografia e ultrassonografia, a partir dos 40 anos, é fundamental para detectar eventuais tumores ainda em estágio inicial e começar o tratamento o quanto antes”, afirma.
Segundo Macchetti, entre 40 e 49 anos, o acompanhamento médico deve ser feito todo ano. Já dos 50 aos 69 anos, o recomendado é que as mulheres realizem os exames de mamografia pelo menos a cada dois anos. Casos específicos, com base em histórico familiar e outros fatores de predisposição, podem exigir mudanças nessa conduta, lembra o mastologista.
Especialista, Mestre e Doutor em Mastologia pela Universidade de São Paulo, e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, Macchetti explica que ainda existe muita desinformação quando o assunto é câncer de mama.
“No passado, o autoexame ganhou muito destaque, mas hoje em dia já se sabe que não é suficiente. No entanto, muitas mulheres ainda pensam que sim, e deixam de realizar a mamografia com a frequência correta”, esclarece.
Autoexame é importante na prevenção do câncer de mama, mas não deve substituir a mamografia
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Pesquisas confirmam a afirmação do profissional: segundo levantamento recente, 60% das mulheres entrevistadas acreditam que o autoexame é a principal forma de detecção precoce do câncer de mama. Por conta disso, apenas metade das mulheres entre 40 e 49 anos participantes do estudo realizou a mamografia nos últimos 18 meses – sendo que o exame deveria ser feito anualmente.
“O autoexame é muito importante, claro, pois ajuda a mulher a conhecer melhor o próprio corpo e pode revelar possíveis alterações na mama. Mas a mamografia, juntamente com outros exames complementares, pode identificar tumores milimétricos, que não são palpáveis ao toque. Por isso, essa é a principal maneira de prevenção do câncer de mama em todo o mundo, registrada em todos os manuais de procedimentos médicos modernos”, afirma Macchetti.
Foi por meio do autoexame que Sandra Regina Bento de Almeida, moradora de Matão, descobriu um nódulo na mama.
“Visitei minha ginecologista e decidimos fazer uma mamografia, que confirmou o tumor. Após a biópsia, comecei o tratamento”, conta Sandra que, hoje em dia, curada, atua em um trabalho voluntário para ajudar outras mulheres que enfrentam a doença.
Além do desconhecimento da população feminina sobre as formas de prevenir e identificar possíveis tumores nos seios, Dr. Macchetti também relata que existe uma aura de medo e preconceito relacionada à doença, o que também prejudica as ações de prevenção.
“O que se percebe é que muitas mulheres, quase de forma involuntária, sem perceber, adotam uma postura perigosa de negação, deixando de realizar os exames com medo do possível resultado”, relata.
“É aquela velha máxima do ‘quem procura, acha’, e muitas acabam preferindo não saber, infelizmente”, diz.
Dr. Alexandre Macchetti, mastologista do Instituto Hélder Polido
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Mas no caso do câncer de mama, procurar – e achar o quanto antes – é o segredo para um tratamento eficaz e a eliminação do tumor. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os índices de cura podem chegar a 90% quando a patologia é identificada em seu estágio inicial. Nesse sentido, Dr. Alexandre Macchetti faz questão de lembrar que, embora aconteça raramente, a doença também pode atingir homens.
“Embora não haja a recomendação de exames preventivos para o sexo masculino, qualquer anormalidade na região mamária deve ser levada ao médico mastologista para a realização de exames e investigação”, afirma.
Tratamentos inovadores ampliam as opções terapêuticas
Além da detecção precoce, principal fator para a cura da doença, o avanço das pesquisas médicas e científicas também colabora com a melhora dos índices de cura em casos de câncer de mama.
“Cada caso deve ser avaliado conforme suas características individuais, e a partir disso será proposta a melhor conduta em termos de tratamento”, esclarece Macchetti.
O especialista pontua que mastectomia, radioterapia e quimioterapia estão entre as principais formas de combate ao câncer de mama, mas lembra que novas medicações de efeito inibidor vem ganhando destaque e podem oferecer resultados promissores a curto e médio prazo.
Por outro lado, o acolhimento adequado e a escuta qualificada de cada paciente também são fatores importantes para qualquer tratamento de saúde. No Instituto Hélder Polido, por exemplo, esse processo é levado a sério, e conta com uma equipe de acolhimento especializada.
“Essas ações são fundamentais para estabelecer um elo humanizado entre médico e paciente, e comprovadamente impactam de forma positiva o andamento das ações terapêuticas, contribuindo para resultados positivos”, conclui Dr. Alexandre.
CRM 94177 – RQE 67860
Serviço
Instituto Hélder Polido
Rua Maestro João Seppe, 900
Sala 133, Edifício Medical Center
Jardim Paraíso, São Carlos – SP
Site: www.institutohelderpolido.com.br
Telefone/WhatsApp: (16) 99312 5156 – (16) 3372 7163
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