Nova fase de operação mira médica suspeita de chefiar esquema de manipulação de escalas em hospitais de MG


Quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária estão sendo cumpridos em Leopoldina nesta quinta-feira (19), após informações indicarem que parte dos investigados realizou contatos com potenciais testemunhas e demais suspeitos, com o objetivo de interferir na produção das provas. Operação cumpriu mandados em hospital da Zona da Mata
MPMG/Divulgação
A médica suspeita de chefiar um esquema de manipulação de escalas em hospitais de Leopoldina e Além Paraíba é alvo da 2ª fase da operação ‘Onipresença’, realizada nesta quinta-feira (19). O nome da profissional não foi informado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), responsável pela investigação.
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Na última terça-feira (17), quatro profissionais de saúde da área de anestesia foram soltos após serem presos na primeira fase da ação. Contudo, não foi informado se a chefe do grupo criminoso estava entre os detidos.
Segundo o MPMG, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária em Leopoldina, após informações indicarem que parte dos investigados realizou, direta ou indiretamente, contatos com potenciais testemunhas e demais suspeitos, com o objetivo de interferir na produção das provas.
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Os anestesistas, que trabalhavam na Casa de Caridade Leopoldinense, são acusados de cumprir plantões em outras cidades, como Além Paraíba e Muriaé, no mesmo horário em que deveriam atender pacientes do SUS no hospital de Leopoldina.
Além das prisões, a provedora da Casa de Caridade, Vera Maria do Valle Pires, e a diretora técnica, Dr.ᵃ Donata, foram afastadas dos cargos, e a Prefeitura de Leopoldina determinou a intervenção administrativa da unidade de saúde, nomeando o secretário municipal de Saúde, Márcio Vieira Machado, como interventor interino.
Plantões simultâneos e cirurgias no mesmo dia
As investigações da Promotoria de Saúde de Leopoldina com o MP começaram em 2020 para apurar a execução de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos, cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas por parte dos profissionais médicos investigados.
Com a evolução das apurações, foi constatada a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos, como:
Cirurgias e anestesias eletivas realizadas pelos profissionais durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência;
Esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica;
Combinação de versões, falsidades documentais médicas e manipulação de documentos importantes.
As investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.
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