Padre Júlio Lancellotti denuncia ataques de missionários da Canção Nova; comunidade pede desculpas


Segundo Lancellotti, os ataques começaram após uma missionária compará-lo ao padre de Osasco que foi indiciado em inquérito sobre tentativa de golpe de Estado no país. Padre Júlio Lancellotti denuncia ataques de missionários da Canção Nova
Victor Angelo Caldini/Divulgação/Instagram
O padre Júlio Lancellotti tem usado as redes sociais nos últimos dias para denunciar ataques que vem recebendo de missionários da Canção Nova, comunidade católica sediada em Cachoeira Paulista (SP) e que mobiliza milhares de fiéis no Brasil.
A comunidade emitiu uma nota afirmando que não adota e nem aceita discurso de ódio (leia a nota completa abaixo). Além disso, representantes da Cação Nova entraram em contato com o padre Júlio Lancellotti para se desculpar e frisar que os ataques não retratam a instituição.
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O religioso afirma que os ataques tiveram início na segunda-feira (25). As ofensas são descritas pelo padre como violentas e desumanas. De acordo com ele, tudo começou após uma missionária compará-lo ao padre de Osasco que foi indiciado em um inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado no país.
“Ela me elegeu para detonar com injúrias. Me surpreende por vir de uma pessoa que se diz católica, que prega o catolicismo, mas é violenta e ataca”, afirma Júlio em entrevista ao g1.
“Ela me atacou para defender o padre José Eduardo (o padre indiciado), sendo que não me referi a ele e nem a ela. Ele é apenas um irmão presbiteriano. Nunca me referi a ele, mas mesmo assim ela me comparou e desqualificou de forma injusta, por isso decidi colocar a público.”
Em um perfil na rede social que está fora do ar, a missionária se identificava como católica, pregadora, roteirista produtora da TV Canção Nova, locutora e roteirista Rádio Canção Nova e youtuber.
Lancellotti afirma que a mulher chegou a enviar um pedido de desculpas a ele por e-mail após o caso repercutir. Apesar disso, o padre afirma que outros missionários passaram a fazer ataques contra ele nas redes sociais.
“Ela me enviou um e-mail, mas pessoas do mesmo perfil seguem me atacando. Eu tenho deixado isso público (nas redes sociais) e acionado um advogado para providências jurídicas”, explica Lancellotti.
Comunidade Canção Nova mobiliza milhares de fiéis no Brasil
Canção Nova/Divulgação
Pedido de desculpas
Ainda em entrevista ao g1, o padre Júlio Lancellotti afirma que, após a repercussão do caso, o padre Wagner Ferreira – presidente da Canção Nova – e Luzia Santiago – cofundadora – entraram em contato com ele para pedir desculpas.
“O Padre Wagner Ferreira me ligou para se desculpar e frisar que essa não é a postura da instituição. A Luzia Santiago também foi muito afetuosa. Disse que não era o pensamento da instituição, que tem carinho por mim, assim como o padre Jonas tinha”, afirma.
A Canção Nova também emitiu uma nota afirmando que não adota e nem aceita discurso de ódio. Veja a nota na íntegra:
“A Canção Nova não adota nem aceita discurso de ódio em suas redes, de forma que a referida postagem não representa a opinião da instituição, que reitera seu respeito pelo padre Júlio Lancellotti. Posicionamentos controversos de seus membros nas redes sociais, em perfis próprios, expressam apenas manifestações pessoais. A missionária e produtora da emissora católica foi ouvida pelo departamento formativo da instituição e devidamente orientada.”
A Canção Nova também informou que a missionária que atacou Lancellotti não é apresentadora ou locutora dos meios de comunicação da comunidade, como ela afirmava ser nas redes sociais. Ela trabalha como produtora.
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