RJ tem a 2ª maior taxa de desocupação entre jovens do país, aponta IBGE


Em 1º lugar está Pernambuco, com 22%. Rio de Janeiro vem em 2º lugar, com 21,4%, e a Bahia em 3º, com 19,7%. Taxa nacional é de 13,4%. Estado do RJ tem a 2ª maior taxa de desocupação entre jovens do país, segundo IBGE
Apesar do desemprego estar caindo no Rio de Janeiro, o estado tem a segunda maior taxa de desocupação (21,4%) entre jovens do país, segundo os dados divulgados nesta sexta (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No RJ, o desemprego entre jovens de 18 e 24 anos é o dobro da taxa geral. Significa que a cada cinco jovens nessa faixa de idade, um está desempregado. O número do Rio está acima da taxa do país (13,4%), e só fica atrás de Pernambuco (22%). A Bahia vem em 3º lugar, com 19,7%.
Para o economista Mauro Osório, os números evidenciam a crise que o estado atravessa. Na segurança, com territórios controlados, com carência de infraestrutura, principalmente na periferia. Isto afasta empresas do estado e compromete a contração dos jovens.
“As empresas não têm vindo pra cá e algumas saem do Rio se você não tem dinamismo grande, ampliação de empresas. Isso afeta mais quem está procurando primeiro emprego do que quem está em empresa consolidada, emprego consolidado”, explica o economista.
Rio de Janeiro tem a 2ª maior taxa de desocupação entre jovens do país
Reprodução/TV Globo
Depois de perder o último trabalho como garçom em abril, José Caio Nobre Gomes, de 22 anos, voltou para a sala de aula e é um dos alunos de um projeto da Firjan Sesi para qualificar jovens em situação de vulnerabilidade social e ajudá-los a entrar no mercado de trabalho.
“Já trabalhei em vários lugares, padaria, restaurante estoquista, empacotador, financeira, fiz de tudo um pouco. Passava seis, oito meses procurando emprego”, diz José.
O jovem agora estuda para ser assistente administrativo. A dificuldade dele em conseguir emprego se traduz nos números do desemprego do IBGE divulgados.
O caminho para o emprego passa pela formação, seja ela qual for. Em um curso técnico, por exemplo, jovens que ainda estão descobrindo habilidades e o que querem fazer da vida experimentam na prática o que vão encontrar no mercado de trabalho. Das profissões tradicionais aos empregos do futuro.
“Eles vão para os processos seletivos mais seguros, conseguem concorrer em pé de igualdade com outros jovens e eles se sentem mais fortalecidos e mais bem preparados”, explica Ian Dias, analista de projetos da Firjan.
Foi esse caminho que levou a Maria Clara Aguiar até o primeiro emprego. Ela é aluna de um curso na área de logística e já foi contratada como jovem aprendiz por uma empresa de tecnologia. Maria vê futuro no caminho que escolheu.
“Faço faculdade de pedagogia, mas sei que sempre tenho que integrar o que adquiro de conhecimento com a tecnologia, senão vou ficar para trás. Quanto mais a gente se dedica, mais a gente cresce, mais ganha e agora estou ganhando em dólar, graças a Deus.”
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