Dengue: em meio a alta de casos, Campinas muda protocolo de atendimento de pacientes com sintomas; saiba quando procurar médico


Nova orientação é que moradores da metrópole busquem uma unidade de saúde assim que apresentarem febre. Casos leves, após a primeira consulta, podem ser acompanhados via telemedicina. Mosquito Aedes Aegypti é responsável por transmitir a dengue
Reprodução/EPTV
Diante da alta de casos confirmados de dengue em Campinas (SP), a Secretaria de Saúde mudou o protocolo de atendimento de pacientes com sintomas. A partir desta terça-feira (20), a orientação é que os moradores da metrópole procurem um centro de saúde assim que apresentarem febre.
Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apresentasse febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos.
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Os pacientes com febre devem buscar atendimento no centro de saúde mais próximo. Durante a consulta, os pacientes são divididos em quatro categorias: A, B, C e D.
A maioria dos casos, segundo a Secretaria de Saúde, se enquadra no tipo A, que são quadros considerados leves, podem ser acompanhados via telemedicina após a primeira consulta. O tratamento consiste, principalmente, em hidratação via oral. Confira os blocos de classificação:
A: casos de dengue que não apresentam sinais de alarme, sem condição especial, que não apresentem risco social e em pacientes sem comorbidades.
B: casos de dengue que não apresentam sinais de alarme, porém, em pacientes com comorbidades, com condição especial ou risco social.
C: pacientes que apresentam sinais de alarme, porém não sem sinais de gravidade.
D: quadro grave da doença.
Apenas profissionais de saúde estão aptos a realizarem a triagem que segue a orientação do Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde municipal destaca que os moradores não devem subestimar os sintomas apresentados e orienta que os pacientes busquem atendimento médico assim que suspeitarem da doença.
Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia
Paulo Whitaker/Reuters
Casos mais graves
Pacientes com febre que estejam com suspeita de dengue ou caso confirmado da doença devem ir ao pronto-socorro ou a uma UPA caso tenham tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos.
No início desta semana, houve um aumento de 41% nos casos de dengue confirmados no Painel de Monitoramento de Arboviroses. O número total confirmado na segunda-feira (19) foi de 4.518 registros da doença.
De acordo com a prefeitura, foram considerados dados represados durante o Carnaval e maior número de atendimentos a pacientes em fevereiro.
O avanço nas confirmações da doença indica que em 2024 Campinas pode ter uma das piores epidemias da história. Até o início da tarde desta terça, nenhum óbito causado pela doença foi registrado em 2024.
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