Investigação aponta que fugitivos em Mossoró saíram pelo teto das celas; veja dinâmica da fuga


Presos se aproveitaram de obras na unidade para passar pelo teto da cela, cortar alambrado e chegarem até a rua. Penitenciária Federal de Mossoró
Senappen/Divulgação
Investigações preliminares conduzidas pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e pela Polícia Federal começam a elucidar algumas lacunas sobre a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Segundo as primeiras informações levantadas, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam por volta de 3h da madrugada de quarta-feira (14). Veja o que se sabe até agora:
🚨 Segundo a investigação, os dois saíram pelo teto das celas arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia, ligados à iluminação da própria cela;
🚨 Em seguida, segundo fontes, eles saíram no pátio e, com alguma ferramenta cortante -possivelmente obtida do canteiro de obras- cortaram um alambrado do presídio e ganharam a liberdade;
🚨Câmeras da cadeia, segundo a investigação, registraram a passagem deles para o lado de fora, vestindo uniforme de preso;
🚨 Por volta das 05h00, duas horas depois da fuga, que administração da cadeia deu falta dos dois fugitivos.
Mapa da Penitenciária Federal de Mossoró.
Arte g1
Conjunto de erros
A fuga aconteceu por um conjunto de erros. É o que aponta a investigação preliminar realizada pelo gabinete de crise do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi instalado na capital potiguar.
Esta é a primeira fuga da história do sistema penitenciário federal. O ministério iniciou uma minuciosa vistoria no presídio de segurança máxima em resposta à fuga.
Nesta quinta, uma equipe de peritos da Polícia Federal retornou ao presídio para dar prosseguimento na investigação sobre a fuga de Rogério e Deibson, que seriam ligados ao Comando Vermelho e estavam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
Os detentos Deibson Cabral Nascimento (à esquerda) e Rogério da Silva Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)
Reprodução
O Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, comanda pessoalmente o gabinete de crise instalado na delegacia da PF em Mossoró e determinou um “pente-fino” completo na estrutura do presídio, além de uma reavaliação de todos os funcionários que trabalham no local. A segurança da cadeia federal foi reforçada com mais agentes penais e policiais federais.
O presídio federal de Mossoró está passando por uma série de obras de manutenção, reformas e readequação de espaços, como o pátio e celas. Por ora, segundo as fontes, não há indícios de corrupção para favorecimento da fuga.
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Os dois presos que escaparam, de acordo com apurações preliminares, teriam se aproveitado deste momento de obras. O que se investiga, no momento, são falhas no procedimento de segurança e acredita-se em um conjunto de erro, não uma única falha.
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