Indústria do Alto Tietê exportou mais de US$ 1 bilhão em mercadorias em 2023, aponta Ciesp


Segundo Ciesp Alto Tietê, setor vendeu mais de US$ 86 milhões por mês no ano passado. Estados Unidos, com quase um quarto de tudo que foi produzido pelas empresas, foi o principal destino das mercadorias produzidas na região. Funcionários da indústria do Alto Tietê trabalham com solda
Miguel Ângelo/Ciesp
Em 2023, as indústrias do Alto Tietê exportaram uma média de US$ 86 milhões em produtos para o mercado externo a cada mês. No acumulado das vendas, a região alcançou US$ 1.034 bilhão em negociações.
Na lista dos principais compradores dos produtos regionais, se destacam os Estados Unidos, com quase um quarto de tudo que foi produzido pelas empresas.
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Com o resultado, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê atingiu a 23ª posição entre as diretorias que mais exportaram no ano passado entre as 39 regionais existentes no Estado. Apesar do resultado, o volume de exportações obteve uma ligeira retração de 1,9% na comparação com as vendas no mesmo período de 2022, que atingiram US$ 1.054,1 bilhão.
“A indústria da transformação é muito sensível às mudanças que ocorrem no mercado externo. Em 2023 tivemos, por exemplo, o sobe e desce do dólar, e guerras, que resultaram na redução da produção, especialmente dos setores mais sensíveis ao crédito, que ficou mais caro. Apesar disso, o desempenho industrial foi significativo, o que mostra a resiliência e a capacidade de produzir, levando em consideração que as importações registraram queda significativa em comparação com as vendas, cenário que aponta para maior aquecimento da indústria nacional”, analisou o diretor regional do Ciesp Alto Tietê, José Francisco da Silva Caseiro.
As informações contabilizadas pelo estudo do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com base em dados das regionais do Ciesp, apontam que, nos últimos 12 meses, as importações no Alto Tietê apresentaram um recuo de 5,1%, saindo de US$ 1.663,8 bilhão para US$ 1.579 bilhão.
Além dos Estados Unidos, principal comprador da região, a Argentina adquiriu 15,4% da produção regional, e o Paraguai 5,7%. Por outro lado, os maiores fornecedores do Alto Tietê foram a China com 16,5% de todas as mercadorias que chegaram ao Alto Tietê, a Alemanha com 16,1% e o Japão com 12,5%.
No ano passado, os produtos mais vendidos pelas indústrias foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (21,4%), papel e cartão (20,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,9%). Já as compras se concentraram em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (22,3%), veículos automóveis, tratores (18,5%) e produtos farmacêuticos (9,2%).
Por sua vez, as exportações do Estado fecharam o ano com US$ 76.193 bilhões, uma alta de 2,7% em comparação com US$ 74.198 bilhões conquistados no mesmo intervalo de 2022. Já as importações caíram 12% no período, saindo de US$ 81.541 bilhões para US$ 71.778 bilhões.
Empregos
A geração de postos de trabalho na indústria da região é outro fator que chama a atenção. Os oito municípios que compõem do Ciesp Alto Tietê (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano) apresentaram saldo positivo de 1.717 empregos de janeiro a novembro de 2023, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado contribui para o total de mais de 74 mil carteiras assinadas criadas pelo setor no Alto Tietê.
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