Polícia passa a usar drones para buscar helicóptero desaparecido em São Paulo


Helicóptero que deixou São Paulo com destino a Ilhabela está desaparecido desde domingo (31). Quatro pessoas estavam na aeronave. Polícia Civil instala base operacional em Paraibuna na busca pelo helicóptero desaparecido em SP
Rauston Naves/TV Vanguarda
A Polícia Civil começou a utilizar drones para auxiliar nas buscas pelo helicóptero que está desaparecido há seis dias com quatro pessoas em São Paulo. Foi instalada uma base operacional em Paraibuna (SP) para concentrar os trabalhos de investigação na região.
Na tarde deste sábado, foi identificado por meio da imagem do drone um objeto suspeito entre as árvores. O helicóptero Pelicano, da Polícia Civil, foi ao local para ajudar na averiguação do objeto suspeito. Porém, na sequência, a polícia constatou que se tratava de um tronco de árvore.
A base operacional instalada em Paraibuna conta com uma unidade móvel equipada com monitores, rádios comunicadores, antena via satélite, além de drones com infravermelho e ‘super zoom’. As imagens geradas são analisadas em tempo real por uma equipe da Divisão de Operações Especiais de Polícia.
Polícia Civil instala base operacional em Paraibuna na busca pelo helicóptero desaparecido em SP
Rauston Naves/TV Vanguarda
As buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas em São Paulo completam seis dias neste sábado (6). A aeronave não faz contato desde o último domingo (31). Quatro pessoas estavam no veículo.
A aeronave deixou a capital paulista no último dia do ano para passar o réveillon em Ilhabela, no Litoral Norte do estado, mas não chegou ao local de destino. A Força Aérea Brasileira (FAB) segue responsável pelas buscas desde então.
Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas a caminho do Litoral Norte de SP.
André de Sousa
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Ao longo desta semana, as buscas envolveram a Força Áerea Brasileira, a Polícia Militar e a Polícia Civil. Na sexta-feira (5), a aviação do Exército também auxiliou as buscas com um helicóptero do Cavex, que fica na base em Taubaté.
Durante a semana, foram cumpridas mais de 40 horas de buscas, de acordo com a FAB. A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados.
Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Arte/g1
Nesse sábado (6), o avião da Força Aérea Brasileira e o helicóptero da Polícia Militar têm feito buscas pela região de Natividade da Serra e Lagoinha.
As equipes especializadas em buscas e resgates realizaram uma varredura aérea sobre ao menos seis cidades: Caraguatatuba, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Paraibuna, São Luiz do Paraitinga, Salesópolis .
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O modelo da aeronave é o SC-105 Amazonas, tido como moderno e especializado para cumprir missões de busca e salvamento.
O modelo de aeronave exige treinamento prévio da tripulação, tem capacidade de fazer busca visual e noturna e é usado por forças armadas ao redor do mundo, entre elas a da Espanha e Índia.
São 15 tripulantes especializados que estão se revezando e voando em média 9 horas por dia sobre a região de Caraguatatuba. O avião está decolando e reabastecendo em São José dos Campos.
Aeronave da Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Divulgação/FAB
O g1 apurou que os ocupantes do helicóptero são:
Luciana Rodzewics, de 45 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana);
Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia);
Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (o piloto).
Neste sexto dia de buscas ainda não há pistas ou indícios sobre o paradeiro do piloto e dos três passageiros, que seguem desaparecidos. A aeronave também não foi localizada.
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Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas a caminho do Litoral Norte de SP.
André de Sousa
Desaparecimento
A aeronave saiu da capital paulista com destino a Ilhabela (SP), mas perdeu o contato com as torres de comando.
De acordo com a Polícia Militar, que deu apoio nas buscas, a aeronave desaparecida saiu do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (31), por volta das 13h15, com destino a Ilhabela.
Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos estavam na aeronave.
Arquivo pessoal
Ao g1, a irmã da passageira Luciana informou que eles planejavam fazer um bate-volta para Ilhabela. Ela alega que Raphael é amigo do piloto e convidou a Luciana e a filha para esse passeio. Não era, segundo ela, um passeio contratado.
O empresário Raphael Torres é um dos passageiros do helicóptero que sumiu em São Paulo
Arquivo pessoal
Às 22h40, foi gerado um alerta para o Comando de Aviação e para o Corpo de Bombeiros, já que não havia registro de pouso da aeronave ou possibilidade de contato com o piloto.
O helicóptero que desapareceu possui o prefixo PRHDB, modelo Robinson 44, e é pintado de cinza e preto.
Antes de helicoptero desaparecer, passageira enviou vídeo para namorado: ‘Tempo ruim’
Enquanto estava voando a caminho de Ilhabela (SP), Letícia enviou um vídeo para o namorado, mostrando o voo e afirmou que o tempo estava ruim – assista acima.
Nas imagens feitas por Letícia, é possível ver o piloto e o passageiro Raphael Torres, na frente da aeronave. O vídeo mostra que havia muita neblina durante o voo, o que deixou a visibilidade ruim. Segundo a família, essa foi a última vez que a jovem deu notícias.
Piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos.
Reprodução/Redes sociais
Piloto tinha licença cassada
O piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, é uma das quatro pessoas desaparecidas após o helicóptero que ele estava comandando perder contato com a torre e sumir no último domingo (31). Nenhum órgão oficial divulgou a identidade do piloto, no entanto, a informação foi apurada pelo g1.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cassiano tem um histórico ruim. A Anac informou que o piloto chegou a ser pego em flagrante em uma ação de fiscalização no aeroporto Campo de Marte, em 2019, no qual piloto chegou a jogar o helicóptero que comandava contra um servidor da Anac, que realizava a fiscalização no local.
Em setembro de 2021, a diretoria da Anac cassou a habilitação dele. O órgão afirma que houve caso de conduta grave de fraude por parte de Cassiano, irregularidade que resultou na pena máxima de cassação.
Para a Anac, cassar a habilitação para voar é a pena mais grave dentro da ação administrativa do órgão regulador, é a punição máxima que se pode aplicar.
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Quando cassado, o piloto fica dois anos sem histórico na aviação, tendo que refazer todos os cursos formativos. Dessa forma, ele perde o registro de voo e precisa começar do zero para retomar a licença.
A cassação de Cassiano chegou ao fim em outubro de 2023, mês que Cassiano fez os cursos necessários, pediu nova licença e foi contemplado com uma nova licença, já que seguiu todos os protocolos impostos pela Anac.
Mesmo com a permissão para voar, Cassiano Teodoro não tem autorização para fazer voo remunerado, que seria o táxi aéreo, que no caso dele, classificaria como Transporte Aéreo Clandestino (TACA).
SC-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira
Divulgação/FAB
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