Socorro tem 204 famílias atingidas por enchente em chuva mais intensa dos últimos 36 anos

Ginásio de Esportes recebeu 14 famílias desalojadas. Prefeitura trabalha na limpeza dos locais nesta segunda-feira. Estado enviou ajuda humanitária. Chuva de sábado deixou a cidade embaixo d’água. Imagens mostram ruas tomadas pela água após temporal em Socorro (SP)
Em estado de emergência após a forte chuva da noite de sábado (20), Socorro (SP) tem 204 famílias atingidas pela enchente que deixou a estância turística do Circuito das Águas Paulistas embaixo d’água. No domingo (21), o governo municipal havia informado que o número era de 100 casas afetadas, mas atualizou a informação nesta segunda-feira (22).
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O Ginásio de Esporte da cidade abrigou 14 famílias desalojadas no domingo. Até a publicação, pelo menos cinco ainda estavam sem condições de retornar às residências. Segundo a prefeitura, foi a chuva mais intensa dos últimos 36 anos na cidade.
O espaço recebe doações de roupas, água, alimentos não perecíveis, além de produtos de higiene e limpeza. O governo estadual enviou ajuda humanitária à cidade.
O número de famílias desalojadas é diferente do total de casas atingidas. A diferença acontece porque nem todos os moradores afetados pela enchente tiveram de deixar as residências. A Defesa Civil realiza, nesta segunda-feira, a limpeza dos pontos atingidos pelo forte temporal. Pelo menos 15 bairros e 460 pessoas foram prejudicados pela chuva.
Malharia foi inundada por enchente em Socorro
Reprodução/EPTV
‘Perdi tudo pela segunda vez’
A EPTV, afiliada da TV Globo, conversou com pessoas desalojadas no Ginásio de Esportes de Socorro. Uma mulher afirmou que foi atingida pela enchente uma vez, mudou de residência, mas perdeu tudo novamente.
“Não adiantou. Segunda vez que eu perco tudo. É muito difícil”, afirmou, emocionada.
Muitos moradores e comércios perderam eletrodomésticos e outros objetos. Em uma loja, o proprietário afirmou que o prejuízo foi de R$ 40 mil. O circuito de segurança de uma malharia registrou o galpão do espaço totalmente inundado, com os produtos submersos. [veja na imagem acima]
Entre 19h30 e 21h30 de sábado, foram registrados 130 milímetros de chuva em Socorro, atingindo afluentes do Rio do Peixe, o que provocou transbordamentos na cidade e na zona rural.
Socorro foi muito atingida por alagamentos após chuvas
Jeferson Salgueiro/Help Fly Drones
A chuva
Imagens aéreas obtidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, evidenciam os pontos do município embaixo da água e vídeos mostram carros submersos. Em uma garagem no Centro, cinco veículos e três motos deram perda total. Na Rodovia Capitão Barudíno, um carro deslizou em um barranco. Os ocupantes não ficaram feridos.
Além dos alagamentos, duas pontes dos bairros Camilos e Moquém foram danificados foram danificadas e estão, até a publicação, com o trânsito liberado apenas parcialmente. Dois postes caíram nas entradas dos mesmos bairros e bloquearam totalmente o trânsito. Também houve queda de muro no bairro Rubins.
A Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e voluntários trabalharam na limpeza e desobstrução de vias. Para comunicar sobre famílias desajoladas, a população deve entrar em contato pelo telefone (19) 99782-3080, enquanto que, em caso de emergência, é necessário ligar no 192 (Samu), 193 (Bombeiros), 190 (Polícia Militar) ou 3895-1085 (Guarda Municipal).
Socorro ficou alagada pelas chuvas do sábado
Jeferson Salgueiro/Help Fly Drones
Ajuda humanitária
O governo estadual enviou ajuda humanitária a Socorro. A cidade é uma das duas do estado – junto com Sorocaba (SP) – a receber o auxílio. Foram enviados 600 itens. Veja quais:
100 cestas básicas
100 kits limpeza
100 kits higiene
100 rodos
100 vassouras
100 kits dormitórios (colchão, cobertor, travesseiro e jogo de cama)
Estado de SP manda 1.600 itens de ajuda humanitária pra Sorocaba e Socorro
Defesa Civil SP
Orientações da Defesa Civil do estado
👉 Para evitar acidentes em caso de raios, ao aviso de tempestade ou ao escutar trovões, abrigue-se imediatamente em uma edificação, permanecendo longe de janelas, tomadas e materiais metálicos e evitando árvores ou coberturas metálicas frágeis; desconecte aparelhos eletrônicos das tomadas; não utilize aparelhos conectados às fiações telefônica e elétrica;
👉 Se estiver em qualquer área aberta, como praia, piscina, estacionamento e campo de futebol, saia imediatamente; mantenha distância de objetos altos e isolados, como árvores, postes, antenas e caixas d’água; afaste-se de objetos metálicos grandes e expostos, como tratores, escadas, cercas de arame etc.;
👉 Não solte pipas e não carregue objetos como canos e varas; evite dirigir e andar de bicicleta, motocicleta ou a cavalo; quando dirigindo sob chuva, evite passar e estacionar perto de cabos elétricos, torres de transmissão, outdoors, andaimes, escadas e outras estruturas que não pareçam seguras.
👉 Durante tempestades, é importante evitar áreas arborizadas devido ao risco de quedas de árvores. Caso haja queda de raios, procure abrigo em edificações. Nas áreas alagadas com enxurradas, uma lâmina com 15 cm de profundidade pode arrastar pessoas e, a partir de 30 cm, já é capaz de levar um automóvel.
👉 Os temporais podem provocar fortes rajadas de vento, com risco de queda de árvores e danos em construções quando as rajadas chegam a 75km/h. Em cenários mais críticos, os vendavais com velocidade a partir de 90km/h podem arrancar árvores e provocar danos estruturais em construções. Nestes casos, procure um abrigo seguro, evitando árvores ou coberturas metálicas frágeis; mantenha distância de janelas, vidros e objetos perfurantes; abandone atividades com andaimes e encaixes metálicos; e, ao dirigir, evite se aproximar de cabos elétricos, torres de transmissão, outdoors, andaimes e outras estruturas frágeis.
👉 Moradores de áreas de encosta precisam observar sinais de movimentação do solo. Antes de grandes deslizamentos, fique atento a rachaduras nas paredes, portas e janelas emperradas, postes e árvores inclinados e água lamacenta escorrendo pelo morro. Diante de qualquer um destes sinais, o local deve ser abandonado imediatamente.
👉 Caso um fio energizado caia sobre o veículo, os ocupantes devem permanecer dentro do automóvel e ligar para o serviço de emergência. Se o carro começar a pegar fogo, ele deve ser abandonado, mas existe um modo correto de sair. Não toque nas partes metálicas e pise com os dois pés no chão. Depois, afaste-se dando pulos, sempre pisando os dois pés no chão ao mesmo tempo, até pelo menos 10 metros do local da queda do fio.
👉 Mantenha-se informado por meios oficiais para receber informações atualizadas sobre as condições climáticas e possíveis alertas. Busque sempre os canais oficiais da Defesa Civil por meio do @defesacivilsp e, agora, também pelo canal do WhatsApp na aba Atualizações, Canais Defesa Civil do Estado de São Paulo.
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