Cão que vivia nos EUA com engenheiro que foi morto é recebido por família no Brasil: ‘sopro de vida’


Loki, como é chamado o bulldog francês, chegou a Ribeirão Preto (SP) nesta sexta-feira (9) e está na casa da mãe de Beto Braga, onde vai viver de agora em diante. Loki é um bulldog francês de Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho
Arquivo pessoal
O cachorro do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, morto aos 34 anos em Ribeirão Preto (SP) enquanto passava férias de fim de ano, chegou a Ribeirão Preto (SP) nesta sexta-feira (9). O animal, que estava nos EUA onde vivia com o tutor, está sob os cuidados da família de Beto.
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Ao g1, o tio do engenheiro, o ator de dublagem Ricardo Fábio, informou que o animal foi enviado ao Brasil pela empresa onde o sobrinho trabalhava, em San Diego. Loki, como é chamado o bulldog francês, já está na casa da mãe de Beto, onde vai viver de agora em diante.
Ainda segundo o tio, o animal representa para a família uma lembrança viva do engenheiro. Desde a morte de Beto, familiares se mobilizavam para trazer o cão de volta ao Brasil.
“Ele é um pedaço do Beto para a gente. O Loki é alegria. A chegada do Loki foi um sopro de alegria na dor da nossa família”, diz.
Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho morreu em Ribeirão Preto, SP, e o cachorro, Loki, ficou com cuidador nos EUA
Arquivo pessoal
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Buscas por Loki
Após a morte de Paulo Roberto uma campanha nas redes sociais chegou a ser mobilizada pela família do engenheiro para tentar localizar o cachorro, que havia sido deixado com um cuidador de animais na Califórnia.
Como o celular de Beto foi roubado após ele ser morto, a família ficou sem acesso ao contato desse cuidador. Depois de encontrar o animal, Loki ficou sob os cuidados de Ana Paula, irmã do engenheiro, que também mora nos EUA.
“Sempre ele precisava e estava no Brasil, era a mãe dele que ficava com o Loki. Então assim que encontraram ele lá nos Estados Unidos, minha irmã já falou que ele viria para Ribeirão Preto. Não só para ela, mas para a família toda, foi como se a gente tivesse sido abraçado pelo Beto”, aponta Fábio.
Loki era o bulldog francês de Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho
Arquivo pessoal
O crime
Beto vivia nos Estados Unidos e veio a Ribeirão Preto no fim do ano passado, para as festas de fim de ano. Ele desapareceu na noite de 28 de dezembro após sair da casa dos pais, no bairro Santa Cruz, zona Sul da cidade, dizendo que ia se encontrar com amigos.
No dia seguinte, a irmã dele, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido dizendo que havia encontrado o celular do engenheiro. Ela avisou a mãe em Ribeirão Preto, que procurou a Polícia Civil.
Orientada e acompanhada pelos agentes, a mãe marcou um encontro em um shopping para recuperar o telefone, mas a pessoa não apareceu.
O corpo de Beto foi encontrado na noite de 30 de dezembro, após um motorista de aplicativo ser identificado como sendo o profissional que pegou o engenheiro na porta de casa para uma corrida na noite do sumiço.
Beto Braga foi encontrado morto em apartamento na zona Norte de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
O homem levou a polícia a um apartamento próximo à Avenida do Café. Em depoimento, ele contou que Beto se mostrou animado e agitado durante a corrida e que, a pedido do passageiro, parou em uma farmácia antes do endereço programado.
Segundo a polícia, o corpo de Beto estava em um apartamento trancado pelo lado de fora em um sobrado. Testemunhas disseram que o imóvel era alugado por garotas e garotos de programa e apontaram um cofre onde ficavam as chaves.
O corpo estava com os pés amarrados, tinha sinais de violência no pescoço e estava em avançado estado de decomposição.
As investigações chegaram a Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes Fonseca como autores do crime. Os dois participaram da reconstituição do crime e confirmaram que mataram a vítima. No entanto, apresentaram versões diferentes.
Gabriel Sousa Brito (à esquerda) e Marcelo Fernandes Fonseca (à direita) são suspeitos da morte do engenheiro Beto Braga em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
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